Você já deve ter reparado que temos uma membrana rosa no canto interno do olho, não é? Essa pequena coisinha esconde, na verdade, os vestígios de algo muito mais interessante: uma terceira pálpebra!
Entenda:
- No canto interno dos olhos, temos uma pequena membrana rosa quase imperceptível;
- Na verdade, ela é o que sobrou de uma terceira pálpebra – que foi diminuindo cada vez mais com a evolução humana;
- Chamada de membrana nictitante ou prega semilunar, a terceira pálpebra é bastante comum em animais como pássaros, mamíferos e répteis, ajudando a manter seus olhos limpos e úmidos;
- Alguns primatas também possuem a membrana, mas, com o passar do tempo, a terceira pálpebra se tornou cada vez menos útil, e diminuiu até um ponto quase imperceptível;
- Ainda existem alguns casos raros de pessoas que desenvolvem a terceira pálpebra – que pode ser removida cirurgicamente.
A parte maior dessa membrana, localizada mais internamente nos olhos, é chamada de carúncula lacrimal – que ajuda a manter nossos globos oculares limpos e lubrificados. Logo ao lado da carúncula, está a tal terceira pálpebra: uma tira de pele bem fina conhecida como membrana nictitante ou prega semilunar.
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A terceira pálpebra dos humanos se enquadra em algo chamado de estrutura vestigial, ou seja, algo que, com o tempo, deixou de servir ao seu propósito e acabou sendo reduzido ou completamente atrofiado.
Elas costumam ser encontradas em animais como pássaros, répteis, mamíferos e peixes, ajudando a remover eventuais resíduos para manter seus olhos limpos e úmidos. Alguns de nossos antepassados primatas também possuem membranas nictitantes, mas elas são mais raras nesse caso, como explica o IFL Science.
Isso porque, no processo de evolução, a membrana se tornou cada vez menos útil. Porém, visto que não causam nenhum mal aos olhos, a pressão evolutiva não foi o bastante para que ela sumisse de vez – e, assim, foram apenas diminuindo até virar essa pele quase imperceptível.
Ainda existem casos raros de pessoas que desenvolvem a terceira pálpebra – um artigo publicado em 2017 no Indian Journal of Ophthalmology, por exemplo, relata uma garota de 9 anos que nasceu com a membrana nictitante no olho esquerdo, posteriormente removida sem complicações em uma cirurgia.