O deputado estadual Júnior Muniz (PT) 05 de setembro de 2025 | 16:15
Júnior Muniz diz não temer concorrência em Camaçari na eleição de 2026: “Caetano é bom de conta”
O deputado estadual Júnior Muniz (PT) afirmou não estar trabalhando com a hipótese de diminuição de votos em Camaçari, seu principal reduto eleitoral, caso a disputa em 2026 seja mais acirrada do que a de 2022 com o surgimento de outras lideranças interessadas em tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa com o apoio de Luiz Caetano, prefeito do município e seu padrinho político. Um nome que surge na bolsa de apostas é o do vereador Tagner Cerqueira, o mais votado na eleição de 2024.
Em entrevista a este Política Livre, Júnior Muniz disse que confia na matemática de Caetano e que o prefeito “é bom de conta”. Segundo o deputado, que tentará a reeleição para o terceiro mandato consecutivo, “a divisão vai ser justa”.
“Caetano na última eleição, eu fui o deputado mais votado com 16 mil votos. Nós tivemos outros deputados, por exemplo, Cafu, Osni, o próprio vereador do município Dentinho foi candidato, Bira Coroa. Então, nós dividimos o grupo. Nós temos hoje um capital lá de 50 a 60 mil votos. A deputada Ivonete [federal] sem mandato de prefeito, a deputada Ivonete teve 40 mil votos. Então, hoje, é nosso capital político próximo dos 50 mil votos. A divisão vai ser justa. Eu tenho uma boa relação com Caetano, com os vereadores, eu tenho meu grupo lá alinhado e, sem sombra de dúvida, a divisão vai ser justa. Caetano é bom de dividir. E, como ele é um bom divisor, eu sei que ele pensa na gente sempre, nosso mandato é voltado para Camaçari. Eu não me preocupo, não, porque Caetano é bom de conta”, frisou.
Perguntado sobre o porquê não vai tentar eleição para deputado federal assim como alguns de seus colegas do Parlamento estadual, Júnior Muniz pontuou que “para disputar com o federal que já tem mandato tem que ter coragem”. Ele analisou que o volume de recursos do governo federal, a exemplo das emendas impositivas, é muito superior ao do deputado estadual, o que acaba tornando a disputa desigual.
“Tem deputado que chega a ter 60, 100 milhões por ano. Então, a competição é muito maior para tirar um federal do mandato. Os prefeitos, por exemplo, estão achando melhor vir para estadual, então a competição vai ser boa na Assembleia. Nós temos aí uns quatro ou cinco nomes que vem forte, mas eles vão passando pelo caminho, eu vou pelo outro, e aí a gente vai chegando lá”, afirmou.
Carine Andrade, Política Livre
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