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Justiça italiana libera ex-assessor de Moraes, mas apreende passaporte

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Justiça italiana libera ex-assessor de Moraes, mas apreende passaporte

Foto: Reprodução
Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE, durante evento na Justiça Eleitoral 01 de outubro de 2025 | 15:55
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Justiça italiana libera ex-assessor de Moraes, mas apreende passaporte

A Justiça italiana liberou o ex-assessor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro, que foi detido nesta quarta (1o) para averiguações.

Segundo ele mesmo informou a amigos no Brasil e nos EUA, seu passaporte foi apreendido e a Justiça determinou que ele precisa ficar na comarca em que reside enquanto responde ao pedido de extradição feito por Moraes em liberdade.

As medidas foram tomadas a pedido do governo brasileiro para “evitar que o mesmo [Tagliaferro] possa subrair-se a eventual entrega às autoridades brasileiras, após a conclusão do processo de extradição”.

Ela seria necessária, segundo o governo brasileiro informou à Itália, para que o ex-assessor cumpra a prisão preventiva determinada contra ele por Alexandre de Moraes.

As informações foram confirmadas à coluna pelo advogado dele no Brasil, Eduardo Kuntz. “Vamos finalmente ter ciência do procedimento completo e adotar medidas, tanto na Itália quanto no Brasil”, afirma.

No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes pediu a extradição de Tagliaferro, acusado de quatro crimes pela PGR (Procuradoria Geral da República).

O ex-assessor passou a ser investigado após a Folha revelar em agosto do ano passado que o gabinete de Moraes no STF ordenou, por mensagens e de forma não oficial, a produção de relatórios pelo TSE para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news em 2022.

Em setembro deste ano, Tagliaferro afirmou, em audiência no Senado, que Moraes forjou relatórios para justificar uma operação contra empresários bolsonaristas por mensagens de teor golpista, em agosto de 2022.

O ministro do STF negou irregularidade e afirmou que todas as ações nessa e nas outras investigações foram oficiais, regulares e com informe à PGR.

Mônica Bergamo, Folhapress



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