Presidente deve anunciar mudanças estratégicas para ampliar apoio político e evitar derrotas legislativas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja uma reforma ministerial para fortalecer sua base de apoio no Congresso Nacional. As mudanças devem corrigir falhas na comunicação, atender demandas de partidos aliados e pavimentar alianças estratégicas para 2026.
A reforma ministerial em pauta
Com o início de 2025, o governo Lula intensifica os planos para uma reforma ministerial que promete redesenhar o primeiro escalão. Após enfrentar tensões no final de 2024 com derrotas em votações no Congresso e vetos presidenciais que irritaram a base aliada, a mudança é considerada fundamental para garantir governabilidade.
Mudanças na Secretaria de Comunicação (Secom)
Uma das alterações mais prováveis envolve a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). Lula busca corrigir falhas na comunicação governamental e, para isso, avalia substituir o atual chefe da pasta, Paulo Pimenta, pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, responsável pela bem-sucedida campanha de 2022.
Pressão do Centrão por mais espaço
Partidos do Centrão, como PSD, MDB e União Brasil, pressionam por maior representatividade na Esplanada. Líderes do PSD, por exemplo, expressaram insatisfação com os ministérios que ocupam atualmente e exigem ampliação do espaço político.
Evitar derrotas no Congresso
A reforma também visa evitar novos atritos legislativos. Em dezembro de 2024, o governo sofreu com a rejeição de vetos presidenciais que envolviam emendas parlamentares e o Fundo Partidário, o que gerou desgastes entre os aliados.
Estratégia para 2026
Além da governabilidade, a reforma é vista como um movimento estratégico para amarrar apoios eleitorais com foco nas eleições presidenciais de 2026. Apesar de partidos como MDB e PP já sinalizarem apoio incerto a uma eventual reeleição de Lula, o Planalto trabalha para consolidar alianças que possam viabilizar o projeto político.
DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO