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Médicos admitem avaliar prisão domiciliar para Bolsonaro após cirurgia

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A equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro informou, nesta quinta-feira (25), que a possibilidade de recomendar a prisão domiciliar durante o pós-operatório será avaliada conforme a evolução do paciente. Bolsonaro, de 70 anos, passou por uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral no Hospital DF Star, em Brasília.

O cirurgião Cláudio Birolini, ao ser questionado sobre a possibilidade de o ex-mandatário concluir a recuperação em casa, afirmou que a situação será analisada. O cardiologista Brasil Caiado também destacou a necessidade de cautela, considerando a idade de Bolsonaro como um fator que exige cuidados adicionais. Ele ressaltou que é prematuro fazer qualquer avaliação, pois a decisão depende da evolução do quadro clínico do paciente.

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Birolini explicou que Bolsonaro só retornará à Superintendência da Polícia Federal, onde cumpre pena, quando estiver plenamente recuperado. Atualmente, o ex-presidente precisa de assistência para realizar atividades cotidianas. O médico enfatizou que ele deve ser capaz de cuidar de si mesmo, como tomar banho e se vestir, antes de ser transferido para um local sem supervisão. A previsão inicial de internação é de cinco a sete dias, sem a necessidade de UTI.

Entretanto, o caminho para a prisão domiciliar enfrenta um obstáculo legal. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou um pedido da defesa de Bolsonaro com o mesmo objetivo. Moraes fundamentou sua decisão em três pontos principais. Primeiro, ele destacou que Bolsonaro foi condenado a uma pena privativa de liberdade em regime fechado, o que inviabiliza a possibilidade de prisão domiciliar. Em segundo lugar, o ministro mencionou que o ex-presidente não cumpriu medidas cautelares anteriores e citou uma suposta tentativa de fuga durante o regime domiciliar. Por fim, Moraes argumentou que a carceragem da Polícia Federal oferece condições semelhantes às de uma residência, com acesso a hospitais, médicos de plantão e a possibilidade de atendimento por seus médicos particulares.

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O estado de saúde de Bolsonaro e as eventuais adaptações necessárias na carceragem serão reavaliados após o período de recuperação no hospital. Birolini concluiu que, assim que o ex-presidente tiver condições de deixar o hospital, será analisado qual será o melhor caminho a seguir.


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