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O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (2/10) que o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) registrou 59 notificações de suspeita de intoxicação por metanol no Brasil. Destes, 11 casos foram confirmados – todos em São Paulo. Entre os casos investigados, está o do rapper Hungria, no Distrito Federal.
Até o momento, uma morte, em São Paulo, foi confirmada como causada pela intoxicação e outras sete estão em investigação – cinco em SP (três na capital e dois em São Bernardo) e duas em Pernambuco.
Confira os números oficiais:
- São Paulo: 42 casos suspeitos em investigação e 11 confirmados. Uma morte confirmada e cinco em investigação.
- Pernambuco: 5 casos suspeitos em investigação. Duas mortes em investigação.
- Distrito Federal: um caso suspeito em investigação.
Em São Paulo, seis estabelecimentos foram oficialmente interditados por suspeita de venda de bebidas adulteradas com metanol: o bar Ministrão, nos Jardins; o Torres Bar, na Mooca; o Villa Jardim, em São Bernardo do Campo; o Beco do Espeto, no Itaim Bibi; o BBR Supermercado e a distribuidora Bebilar Bebidas, ambos na Bela Vista.
Em Pernambuco, os primeiros casos suspeitos ocorreram nos municípios de Lajedo e João Alfredo, ambos no agreste do estado. Há, ainda, um caso suspeito em Olinda, notificado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
Já no Distrito Federal, o rapper Hungria, de 34 anos, foi internado às pressas pela manhã, no Hospital DF Star, em Brasília, com sintomas compatíveis com o consumo de metanol.
De acordo com familiares, o artista começou a passar mal após consumir bebida alcoólica na casa de amigos, na Região Administrativa (RA) de Vicente Pires, a cerca de 40 minutos do centro da capital. A distribuidora Amsterdan, onde as bebidas teriam sido compradas, foi fechada pela Polícia Civil do Distrito Federal e a Vigilância Sanitária.
Apesar disso, o rapper também se apresentou, no último domingo (28/9), em uma casa de shows em São Paulo. O local foi interditado cautelarmente pela Vigilância Sanitária do estado após a internação do músico.
Para tentar driblar a onda de intoxicação por metanol através de bebidas adulteradas, o governo federal anunciou um plano de ações. A Secretaria Nacional do Consumidor informou que, entre as medidas, constam a notificação de Procons estaduais e a fiscalização dos estabelecimentos suspeitos.
A Polícia Federal (PF) também abriu um inquérito próprio para apurar a alta nos casos.
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é usado na indústria como solvente e na produção de combustíveis, tintas e plásticos. É extremamente tóxico: sua ingestão gera compostos tóxicos no organismo, que atacam o sistema nervoso central e podem causar cegueira, falência de órgãos e morte, mesmo se consumido em pequena dose.
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