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Michelle diz que cirurgia de ex-presidente acabou e que ele passa bem

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Michelle diz que cirurgia de ex-presidente acabou e que ele passa bem

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25). O procedimento ocorreu no hospital DF Star, em Brasília, e teve início por volta das 9h40, conforme informações da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A cirurgia foi concluída cerca de três horas depois, sem intercorrências.

A hérnia inguinal é uma condição que provoca o inchaço de um tecido do abdômen, resultando em uma protuberância na região da virilha. Bolsonaro foi internado um dia antes, na véspera do Natal, para a realização de exames pré-operatórios, que confirmaram sua aptidão para a cirurgia.

O ex-presidente cumpre pena de prisão por tentativa de golpe de Estado e recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para deixar temporariamente a Superintendência da Polícia Federal, onde está detido.

Na manhã da cirurgia, apoiadores se reuniram em frente ao hospital, realizando orações e levando uma bandeira do Brasil. Policiais militares também estavam presentes no local.

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Após a cirurgia, Bolsonaro deve passar de 1h30 a 2h em recuperação da anestesia geral. A expectativa é que ele permaneça internado de cinco a sete dias para acompanhamento médico. O boletim médico divulgado no dia 24 indicou que o ex-presidente foi admitido para a realização de uma herniorrafia inguinal bilateral, tendo passado por avaliações cardiológicas e de risco cirúrgico, sendo considerado apto para o procedimento.

O cirurgião Claudio Birolini, que faz parte da equipe médica, optou por um método tradicional para o tratamento da hérnia, em vez de um procedimento laparoscópico menos invasivo. Essa escolha se deve às cirurgias anteriores que Bolsonaro já realizou.

O ex-presidente frequentemente se submete a procedimentos médicos em decorrência da facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. Em abril deste ano, ele passou por uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal.

Birolini também mencionou que, nos próximos dias, será avaliada a necessidade de uma intervenção não cirúrgica para tratar as crises de soluços que afetam Bolsonaro. Ele explicou que está prevista a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, que inerva o diafragma. Após a cirurgia de hérnia, a equipe médica reavaliará a situação para decidir sobre a conveniência desse procedimento, que é considerado relativamente seguro, mas não é o padrão para o tratamento de soluços.

O médico destacou que a cirurgia de hérnia apresenta um grau de complexidade, mas com baixo índice de morbidade. O cardiologista Brasil Ramos Caiado, integrante da equipe médica, informou que Bolsonaro está enfrentando um quadro de depressão e ansiedade, o que tem contribuído para os soluços recorrentes que afetam seu sono.

Moraes autorizou que o ex-presidente receba visitas de sua esposa, Michelle, e de seus filhos Flávio, Carlos, Jair Renan e Laura durante a internação. No entanto, o porte de celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos foi proibido. Eduardo Bolsonaro, outro filho do ex-presidente, não está incluído na autorização, pois se encontra nos Estados Unidos desde o início do ano.

A Polícia Federal será responsável pela vigilância e segurança de Bolsonaro durante sua estadia no hospital, com equipes de prontidão. A corporação garantirá segurança e fiscalização contínuas, com pelo menos dois policiais federais posicionados na porta do quarto hospitalar, além de outras equipes conforme necessário.

Moraes autorizou a cirurgia após a perícia médica da PF afirmar que Bolsonaro necessitava de uma cirurgia eletiva com urgência. O laudo foi solicitado pelo ministro do STF, que também indeferiu o pedido de prisão domiciliar com base na condição de saúde do ex-presidente. Bolsonaro está preso na Superintendência da PF, em Brasília, desde novembro. Moraes ressaltou que o ex-presidente está "custodiado em local de absoluta proximidade com o hospital particular onde realiza atendimentos emergenciais de saúde", afirmando que a prisão na PF não prejudicaria Bolsonaro em caso de necessidade de deslocamento de emergência.

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