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Motta manobra e libera voto por celular para tentar aprovar PEC da Blindagem

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Motta manobra e libera voto por celular para tentar aprovar PEC da Blindagem

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Arquivo
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) 16 de setembro de 2025 | 20:15

Motta manobra e libera voto por celular para tentar aprovar PEC da Blindagem

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manobrou nesta terça-feira (16) e autorizou deputados votarem à distância, pelo celular, na tentativa de aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que trava processos criminais contra congressistas enquanto não houver aval do próprio Congresso –em votação secreta, o que dificulta a pressão da opinião pública.

Motta fez a alteração após o primeiro placar indicar votos insuficientes para aprovar a PEC. Um requerimento do PT para impedir a votação da proposta foi rejeitado por 266 votos a 144. Para aprovar uma mudança na Constituição, no entanto, são necessários 308 votos a favor do projeto.

O presidente da Câmara, então, determinou que fosse liberada a votação pelo celular para qualquer deputado, mesmo aqueles que não estão em Brasília. Isso fez com que o quórum de presença subisse.

Na segunda tentativa, outro requerimento para adiar a discussão teve apoio de deputados em quantidade suficiente para aprovar a PEC, caso o mérito estivesse em votação. Foram 324 parlamentares a favor do pedido e 137 contra.

A mudança na regra sobre votação foi questionada por deputadas de oposição. A líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ), protestou no plenário dizendo que a sessão foi convocada de forma presencial, com registro de presença no plenário.

Motta estava fora da presidência e a resposta coube ao vice-presidente, Altineu Côrtes (PL-RJ), que rebateu que cabe ao presidente decidir a forma de votação.

A PEC é criticada por partidos de esquerda, como PT e PSOL, e pelo Novo, de direita. O PSD também decidiu se posicionar contra, após orientação do presidente do partido, Gilberto Kassab. “Vamos recomendar o voto pela rejeição da PEC”, disse uma das vice-líderes do PSD, deputada Laura Carneiro (RJ).

Deputados do centrão, como União Brasil e PP, parte da direita, como o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a esquerda, como PDT e PSB, estão a favor da PEC. Eles argumentam que é preciso proteger os congressistas contra investigações de cunho político.

Leia também: PEC abre brecha para tornar blindagem de parlamentares maior que a derrubada em 2001

Raphael Di Cunto/Carolina Linhares/Victoria Azevedo/Folhapress




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