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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), afirmou nesta quinta-feira (7/8) que está em curso análise sobre possíveis punições aos parlamentares que tumultuaram a sessão de retomada dos trabalhos legislativos. A declaração foi dada em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
“Existem pedidos de lideranças para punir este ou aquele deputado. Estamos avaliando. É uma decisão conjunta da Mesa. Mas está, sim, em avaliação a possibilidade de punição a alguns parlamentares que ontem [quarta-feira (6/8] se excederam, digamos assim, do ponto de vista a dificultar o reinício dos trabalhos”, declarou.
Segundo Motta, cabe ao presidente da Casa recorrer aos instrumentos regimentais disponíveis, como a suspensão de mandato. Ele afirmou ainda que imagens do tumulto estão sendo avaliadas.
“Atitudes que não colaboram para o bom funcionamento da Casa precisam ser coibidas”, disse.
Confira a entrevista:
Tensão na Câmara
Diversos parlamentares da oposição ocuparam a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, na noite dessa quarta-feira (6/8), para pressionar pela votação do PL da anistia e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado. A ação tumultuou o reinício das atividades legislativas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu retomar seu assento na Mesa Diretora e abrir oficialmente a sessão depois de duas horas de atraso e resistência por parte de alguns deputados. Em seu discurso, mandou um recado: “Projetos pessoais não estão à frente do povo”.
Líderes da oposição disseram ter costurado um acordo com Motta para a desobstrução da Mesa da Casa em troca da votação do projeto da anistia. O presidente da Câmara, no entanto, nega.
Nesta quinta-feira (7/8), o presidente da Câmara reforçou a posição. “A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não estão vinculadas a nenhuma pauta”, afirmou a jornalistas.
Motta acrescentou que suas prerrogativas “não são tratadas nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”.
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