Medicamento já estava sendo vendido no Brasil, mas seu uso só era permitido para o tratamento da diabete tipo 2
Concorrente do Ozempic, o Mounjaro já está sendo vendido no Brasil desde maio deste ano. No entanto, o uso do medicamento só era permitido para o tratamento da diabete tipo 2, o que muda a partir de uma nova decisão.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação do uso do produto em tratamentos para a perda de peso. Além disso, divulgou uma série de recomendações de como usar o medicamento.

Medicamento apresenta um efeito maior no organismo
De acordo com a farmacêutica Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, esta é a primeira medicação disponível e aprovada capaz de atuar nos receptores dos dois hormônios que agem no controle do apetite. Por isso, o seu efeito é maior.
Apesar de também ser vendida como uma caneta, há diferenças em relação ao famoso Ozempic. O concorrente têm como base a semaglutida, substância que age no receptor GLP-1 no intestino, promovendo a saciedade e controlando a glicemia.

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, substância que atua tanto no GLP-1 quanto no GIP, outro receptor intestinal. Essa combinação proporciona um efeito mais robusto no organismo, especialmente indicado para pacientes com obesidade diagnosticada.
A aprovação da Anvisa permite que o medicamento agora passe a ser indicado para o tratamento contra a obesidade. No entanto, esta recomendação só vale para casos em que a doença esteja relacionada a pelo menos uma comorbidade.
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Preço é maior do que o dos concorrentes
- A aplicação do medicamento é injetável e semanal.
- O remédio estará disponível nas dosagens 2,5 mg e 5 mg.
- Na primeira versão, uma caixa com quatro canetas pode custar entre R$ 1.400 e R$ 1.900.
- Já na dosagem maior, o custo varia de R$ 1.750 a R$ 2.400.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
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