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MUNCAB abre as portas para exposição ‘Ancestral: Afro-Américas’ promovido pelo CCBB em Salvador; saiba mais

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A partir do dia 26 de setembro, o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, espaço referência na valorização de aspectos da cultura de matriz africana e a influência dela sobre a cultura brasileira, se tornará palco de uma grande exposição em celebração a ancestralidade da arte nas Américas.

 

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A exposição “Ancestral: Afro-Américas”, a quarta promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil na capital baiana, reúne mais de 130 obras de artistas negros do Brasil e dos Estados Unidos que traduzem a ancestralidade e as expressões contemporâneas da arte nos dois países.

 

Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias

 

Entre os nomes, estão: Abdias Nascimento, Simone Leigh, Emanuel Araújo, Sonia Gomes, Leonard Drew, Mestre Didi, Melvin Edwards, Lorna Simpson, Kara Walker, Bispo do Rosário, Carrie Mae Weems, Mônica Ventura e Julie Mehretu.

 

A mostra tem direção artística de Marcello Dantas e curadoria de Ana Beatriz Almeida. O público pode observar três núcleos temáticos: Corpo, Sonho e Espaço. Neles, estão provocações sobre a afirmação do corpo, a dimensão reflexiva dos sonhos e a reivindicação de espaço. Há ainda uma seção dedicada à arte africana tradicional, montada com a curadoria de Renato Araújo da Silva. 

 

Nesta quinta-feira (25), em evento realizado para a imprensa, Ana Beatriz Almeida, que é Mestre em História e Estética da Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP), e se encontrou na Bahia através das pesquisas feitas no Recôncavo Baiano e a forte ligação com a Irmandade da Boa Morte, falou sobre a exposição e o que o público poderá encontrar no espaço.

 

Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias

 

“Eu acho que uma coisa que a gente pode esperar, é não esperar nada. Porque uma coisa que a exposição tenta fazer é dar à gente liberdade poética. E aí, uma das principais coisas é, por exemplo, a gente tem o cânone da fotografia, a gente tem o cânone da escultura, e a gente tem o cânone da pintura. É uma exposição que não quer ser folclórica. Então, uma das propostas da exposição é a gente sair desse lugar de técnica, porque esse é um lugar também de aprisionamento nosso. O lugar da exposição é muito lugar mesmo das lógicas indígenas africanas, que não é o ponto de partida, mas o trajeto que justifica o porquê você está caminhando naquele caminho, não necessariamente onde você vai chegar.”

 

De acordo com a curadora, a exposição reafirma a ideia de reconstrução da ancestralidade tão castigada durante os processos de colonização. “No processo de criação da humanidade em meio à brutalidade racional que forjou a modernidade, artistas afrodiaspóricos redefiniram a ética e a estética, frequentemente convergindo – apesar de estarem em territórios diferentes. Isso nos leva de volta ao conceito de ‘pessoa’ encontrado na África Ocidental: o sujeito enquanto resultado de sua genealogia ancestral”, pontua.

 

A exposição ficará na capital baiana do dia 26 de setembro de 2025 até o dia 1º de fevereiro de 2026, sempre das terças aos domingos, de 10h às 17h.

 

A venda de ingressos acontece na bilheteria do local e no site do Museu (museuafrobrasileiro.com.br) e custam R$20 inteira e R$10 meia (clientes do Banco do Brasil pagam meia entrada). A entrada é gratuita para todos os visitantes nas quartas-feiras e domingos.

 

Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias

 

Essa é a quarta exposição promovida pelo CCBB em Salvador. “O CCBB tem como missão ampliar o acesso e a conexão dos brasileiros à arte, à cultura, e trazer ‘Ancestral Afro-Américas para Salvador, em parceria com o MUNCAB, depois de ter passado por Belo Horizonte e Rio Janeiro é mais uma oportunidade de favorecer que um público cada vez maior tenha contato com esse acervo”, destaca Júlio Paranaguá, gerente-geral do CCBB Salvador.

 

A mostra tem a produção da Magnetoscópi com patrocínio do BB Asset e Google, por meio da Lei de Incentivo a Cultura, com apoio do Bank of América e realização do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e do MUNCAB.

 

SOBRE O CCBB SALVADOR
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais gerida e mantida pelo Banco do Brasil, com o objetivo de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e valorizar a produção cultural nacional. Presente no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, está avançando no processo de instalação de sua nova unidade em Salvador.

 

Na capital baiana, passa a ocupar o Palácio da Aclamação, histórico edifício do início do século passado e que, durante mais de cinquenta anos, foi residência oficial dos governadores da Bahia. Mesmo antes de iniciar suas atividades no Palácio da Aclamação, o CCBB já está presente em Salvador dialogando e estabelecendo parcerias com equipamentos culturais da cidade.

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