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NASA Revela que Cometa interestelar 3I/ATLAS Não É uma Nave Alienígena

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Desde sua descoberta, o cometa interestelar 3I/ATLAS, o terceiro objeto confirmado vindo de outro sistema estelar, tem atraído a atenção de astrônomos em todo o mundo. Além do fascínio científico, a trajetória do objeto pelo Sistema Solar gerou boatos. Enquanto o cometa brilhava em sua aproximação com o Sol, a paralisação de 43 dias do governo dos EUA impediu a NASA de divulgar dados, alimentando teorias de que seria uma espaçonave alienígena.

Com o fim da paralisação, a agência promoveu uma coletiva de imprensa para apresentar observações reunidas por mais de 20 missões. O material forneceu o panorama mais completo já obtido sobre o visitante interestelar. Os especialistas esclareceram que 3I/ATLAS é um corpo natural, sem sinais de tecnologia extraterrestre. “Queremos muito encontrar vida fora da Terra”, disse Amit Kshatriya, administrador associado da NASA, garantindo que “o 3I/ATLAS é um cometa”. Para os cientistas, esse “forasteiro” representa uma chance rara de analisar material formado ao redor de outra estrela, com indícios químicos iniciais sugerindo que ele pode ter origem em um sistema planetário muito mais antigo que o nosso.

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3I/ATLAS é um Cometa, Não Uma Nave Alienígena

Após a descoberta, um trio de pesquisadores publicou um artigo preliminar sugerindo que as características do objeto poderiam indicar tecnologia alienígena. A discussão se espalhou pelas redes sociais, com comentários de Elon Musk e um vídeo de Kim Kardashian pedindo à NASA que “revelasse tudo”. A agência desmentiu as especulações. “Este objeto é um cometa”, afirmou Kshatriya na coletiva. “Todas as evidências apontam para isso.” Nicky Fox, da NASA, reforçou que nenhuma assinatura tecnológica foi detectada. Ela também destacou que o 3I/ATLAS não oferece qualquer ameaça à Terra, com a menor distância prevista sendo de cerca de 270 milhões de quilômetros, em 19 de dezembro. O objeto também não se aproximará significativamente de outros planetas, mesmo ao cruzar a órbita de Júpiter em 2026.

Um Esforço de Observação Distribuído Por Todo o Sistema Solar

Devido à posição do 3I/ATLAS do lado oposto do Sol em relação à Terra, a NASA organizou uma coordenação reunindo equipes de mais de 20 missões para rastrear o cometa a partir de múltiplos pontos do Sistema Solar. A Agência Espacial Europeia (ESA) também adotou a estratégia. Tom Statler, cientista-chefe da NASA, comparou o esforço a assistir a um jogo de beisebol de vários pontos do estádio. Em outubro, a sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) registrou a coma do cometa a 145 milhões de quilômetros. Quase simultaneamente, a sonda MAVEN detectou gás hidrogênio produzido pela vaporização do gelo de água. Esses dados foram combinados A espaçonave Psyche captou o cometa a 53 milhões de quilômetros, e a sonda Lucy observou a coma e a cauda por outro ângulo. O Telescópio Espacial Hubble observou o 3I/ATLAS a 446 milhões de quilômetros e registrou uma coma em formato de pera. O JWST fotografou o objeto no infravermelho e identificou uma proporção elevada de dióxido de carbono.

Um Mensageiro de Sistemas Estelares Antigos

A velocidade de entrada do 3I/ATLAS no Sistema Solar indica que ele viaja pelo espaço interestelar há eras. Para Statler, isso sugere origem em um sistema planetário extremamente antigo, possivelmente anterior ao próprio Sol. O cometa pode carregar pistas de processos que ocorreram antes da formação da Terra. Viajando a 209.000 quilômetros por hora, o 3I/ATLAS tornou-se visível graças a imagens capturadas entre 11 e 25 de setembro pelo instrumento Heliocentric Imager-1 (HI1) a bordo da espaçonave STEREO-A.

Composição Química do Cometa 3I/ATLAS é Intrigante

Embora se comporte como um cometa típico, o 3I/ATLAS apresenta detalhes incomuns. A proporção de dióxido de carbono em relação à água é mais alta que a encontrada em cometas locais. Além disso, o gás liberado exibe quantidades elevadas de níquel em comparação ao ferro. A poeira ao redor do cometa também chama atenção, com um tamanho dos grãos diferente do padrão. A direção inicial da poeira se moveu para o lado iluminado pelo Sol antes de ser empurrada na direção oposta pela radiação. Para Statler, essas descobertas mostram que ainda há muito a perguntar e a investigar.

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Fonte: https://olhardigital.com.br

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