Brasília, 30 de julho de 2025 – O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir de Araújo Xaud, foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta terça-feira (30). A ação, intitulada Operação Caixa Preta, cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da CBF, no Rio de Janeiro, e na residência de Xaud, em Boa Vista (RR).
Apesar do envolvimento nas investigações, é importante destacar que Samir Xaud não faz parte da Polícia Federal, como tem sido erroneamente divulgado em algumas redes sociais. Médico e empresário, ele foi eleito presidente da CBF em maio de 2025, como candidato único, com o apoio de 25 das 27 federações estaduais, para um mandato até 2029.
A investigação da PF gira em torno de suspeitas de crimes eleitorais nas eleições municipais de 2024, especialmente a possível compra de votos em Roraima. Segundo a Polícia Federal, os alvos da operação são investigados por uso indevido da máquina pública e repasses irregulares de verbas de emendas parlamentares, que podem ter influenciado diretamente no resultado das eleições.
Em nota, a CBF afirmou que “as medidas tomadas pela Polícia Federal não têm qualquer relação com a administração do futebol brasileiro” e que Samir Xaud “não é o centro das apurações”. Mesmo assim, a operação gerou repercussão imediata entre clubes, federações e membros da comunidade esportiva.
Xaud é uma figura pouco conhecida no cenário nacional do futebol até sua chegada à presidência da CBF. Sua eleição foi marcada por articulações políticas e pelo apoio das federações regionais, apesar da resistência de parte da imprensa esportiva e de representantes de grandes clubes.
A Polícia Federal ainda não divulgou se Samir Xaud será formalmente indiciado. Fontes ligadas à investigação afirmam que ele pode ser chamado para prestar depoimento nos próximos dias.
Washington Logan
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