O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo esforço em revogar as sanções que lhe foram impostas pelo governo de Donald Trump. Na sexta-feira, 12 de dezembro, o governo dos Estados Unidos retirou Moraes da lista de indivíduos sancionados com base na Lei Magnitsky, que se aplica a casos de graves violações de direitos humanos. Durante a inauguração do canal SBT News, em São Paulo, Moraes destacou a importância do combate às fake news, que classificou como uma “chaga que corrói a democracia”, e afirmou que “a verdade venceu hoje” com o fim das sanções.

Moraes revelou que pediu a Lula para não tomar medidas legais contra as sanções, acreditando que “a verdade, no momento em que chegasse às autoridades norte-americanas, prevaleceria”. Ele elogiou o empenho do presidente e de sua equipe, afirmando que se tratou de “uma vitória do Judiciário brasileiro”, que manteve sua imparcialidade e coragem diante de ameaças. O ministro ressaltou que Lula sempre defendeu a soberania do Brasil, afirmando que “o país não iria admitir qualquer invasão”.

Ao final de sua fala, Moraes afirmou que o Brasil encerra o ano “dando exemplo de democracia e força institucional a todos os países do mundo”. Em resposta, Lula fez uma brincadeira sobre a idade do ministro, mencionando que “o Silvio Santos faria 95 anos e o Alexandre de Moraes faz 35 amanhã”, embora na verdade Moraes complete 57 anos no sábado, 13 de dezembro. Lula também comentou que “não era justo um presidente de um outro país punir um ministro da Suprema Corte brasileira por estar cumprindo a Constituição”.

O presidente relatou uma conversa telefônica com Trump, onde o americano questionou se a revogação das sanções seria benéfica. Lula respondeu que “não é bom para mim, é bom para o Brasil e é bom para a democracia brasileira”. Ele enfatizou que a conversa envolvia os presidentes de dois países e finalizou: “Fiquei muito feliz, menos do que você , mas fiquei todo feliz”, mencionando que outras pessoas ainda aguardam a revogação das sanções.

As sanções contra Moraes foram anunciadas pelo secretário de Estado de Trump, Marco Rubio, que alegou “graves abusos de direitos humanos” relacionados ao ministro, em referência ao julgamento de Jair Bolsonaro. A ação foi impulsionada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro junto ao governo dos Estados Unidos. A retirada de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, da lista de sancionados ocorreu após a aproximação entre os governos Trump e Lula, que discutiram o assunto em 2 de dezembro. A Lei Magnitsky, frequentemente utilizada contra líderes de regimes autoritários, já havia sido aplicada anteriormente a membros de cortes superiores da Venezuela.

Agradecimento de Moraes ao presidente Lula

• Durante a cerimônia de inauguração do canal SBT News, Moraes expressou sua gratidão ao presidente Lula pelo esforço em revogar as sanções. Ele destacou a importância do combate às fake news e afirmou que “a verdade venceu hoje” com o fim das restrições.

Contexto das sanções e revogação

• As sanções contra Moraes foram impostas pelo governo Trump, com alegações de graves abusos de direitos humanos. A revogação ocorreu após uma conversa entre Lula e Trump, onde o presidente brasileiro enfatizou que a revogação seria benéfica para o Brasil e a democracia. A retirada das sanções foi vista como uma vitória do Judiciário brasileiro e um exemplo de força institucional.

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