O senador Flávio Bolsonaro (PL) enfrenta dificuldades para conseguir apoio na Bahia, devido à desconfiança de políticos locais em relação ao radicalismo de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e ao seu próprio comportamento durante a campanha presidencial. O primeiro indicativo de que sua trajetória na Bahia não será fácil surgiu quando as tentativas de indicar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), como seu vice não obtiveram sucesso. Neto está focado em unir as oposições no país por meio da candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo.
Flávio também tentou sondar o prefeito Bruno Reis (União Brasil) para a mesma posição, mas Reis está alinhado com Neto e compartilha a visão de que Tarcísio é o melhor candidato para derrotar Lula (PT) em 2026, devido à sua capacidade de unir diferentes grupos em torno de sua candidatura. Ao recusar a possibilidade de ser vice de Flávio, ACM Neto sinaliza sua intenção de concorrer ao governo do Estado, o que confirmou publicamente em um evento recente com o presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, em Porto Seguro. Neto afirma a amigos que não confia apenas nas pesquisas, como fez na campanha anterior.
Apesar de contar com uma base de prefeitos reduzida e enfrentar rejeição entre a classe política, Neto relata um aumento na receptividade do eleitorado, o que atribui ao desgaste de 20 anos do PT no poder e às dificuldades de gestão de Jerônimo Rodrigues. Em suas visitas, ele escuta apelos da população para que vença a disputa pelo governo, com promessas de restaurar a economia e melhorar a segurança pública, tema que tem abordado desde o início do ano.
O senador Angelo Coronel (PSD) já delineou sua estratégia para 2026. Ele pretende observar a aliança nacional de ACM Neto e, caso Neto mantenha sua liderança nas intenções de voto, Coronel pode se juntar ao candidato do União Brasil. Se perceber que Neto não sustentará essa liderança até a eleição, Coronel deve permanecer no grupo governista, aceitando a proposta de concorrer a deputado federal, com seu filho, o deputado federal Diego, como candidato a vice, e garantindo a eleição de Angelo Filho à presidência da Assembleia Legislativa.
A história de Zé do Burro, encenada e filmada nos anos 1960, é lembrada, mas a versão contemporânea é mais discreta. Um personagem real da política baiana pagou sua promessa em Orobós, Pernambuco, sem as dificuldades enfrentadas por Zé do Burro. Ele não precisou carregar uma cruz nas costas, mas sim transportá-la em sua caminhonete. Contudo, ele pode enfrentar problemas com o Banco Master.
O ex-deputado federal José Carlos Aleluia, candidato do Novo ao governo do Estado, ficou surpreso ao ver Lula reinaugurar a Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, um evento do qual participou há quatro anos com Jair Bolsonaro. A eleição para desembargador substituto do TRE gerou tensões entre os desembargadores José Sérgio Cafezeiro e Ivone Bessa, com rumores de traição envolvendo a disputa.
A articulação política de Jerônimo Rodrigues (PT) acredita que a inauguração do VLT do Subúrbio, uma obra aguardada pela população, pode ajudá-lo a recuperar a influência na região, perdida desde a eleição de ACM Neto à Prefeitura em 2012. O recuo do ministro Dias Toffoli, do STF, na acareação com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, também é um ponto de destaque.
Os advogados Ana Patrícia e Eugênio Kruchewski conseguiram uma nova vitória contra os representantes do milionário Lucas Abud, que tentaram desacreditar os profissionais. A má orientação jurídica pode trazer complicações para Abud. Um novo candidato que deve estrear nas eleições de 2026 é Ditinho Avivip, empresário e avicultor de Santo Antônio de Jesus, que já teria garantido uma cadeira na Assembleia. No entanto, ele enfrenta uma dívida com jornalistas da pré-campanha de um parente, o que pode trazer problemas futuros.
Os apelos para que Coronel permaneça no grupo governista partem principalmente do senador Jaques Wagner (PL), que se considera responsável pela confusão que pode resultar na exclusão de Coronel da chapa de Jerônimo. Adversários se preparam para o que consideram o enterro político de Geraldo Jr. (MDB) assim que a nova chapa de Jerônimo for anunciada, acreditando que ele não terá o mesmo apoio que teve em 2022.
O ministro Kássio Nunes Marques, do STF, está construindo uma mansão em Guarajuba, no Litoral Norte, consolidando suas raízes na Bahia, onde possui amigos influentes. Esta coluna deseja a todos os leitores um excelente 2026, um desejo que reflete o que todos merecem.
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