Descoberto em junho, o cometa 3I/ATLAS vem de fora do Sistema Solar e é o maior já visto próximo à Terra, segundo a Nasa
Detectado em junho de 2025, o cometa 3I/ATLAS é um dos objetos espaciais mais curiosos já registrados pela ciência. Confirmado pela Nasa como o maior e mais antigo cometa interestelar a passar próximo à Terra, ele desperta interesse pela velocidade, composição e trajetória incomuns.
O corpo celeste expele jatos de poeira e gás em direção ao Sol e deve atingir o ponto mais próximo da estrela em 29 de outubro. Apesar do comportamento ativo, o 3I/ATLAS não representa risco à Terra, de acordo com a agência espacial norte-americana.
O que é o cometa 3I/ATLAS
O 3I/ATLAS é um cometa interestelar, composto por gelo, poeira e fragmentos rochosos, que percorre o espaço a uma velocidade de cerca de 209 mil quilômetros por hora. Com diâmetro estimado entre 5 e 11 quilômetros, o corpo celeste segue uma trajetória que não pertence ao Sistema Solar, o que confirma sua origem em outro sistema estelar.
A designação “3I” indica que ele é o terceiro objeto interestelar já observado. O termo “ATLAS” vem do projeto responsável por sua descoberta, o Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert System, que monitora o céu em busca de corpos potencialmente perigosos.
Pelas dimensões e composição, o 3I/ATLAS é considerado um dos cometas mais antigos já catalogados. Acredita-se que ele tenha se formado há bilhões de anos, antes do Sol, a partir do material que deu origem a outros sistemas estelares.
Como foi descoberto
A detecção do 3I/ATLAS ocorreu em junho de 2025, por meio do telescópio do projeto ATLAS, instalado no Chile. Em 2 de agosto, o cometa foi fotografado pelo Observatório de Teide, na Espanha.
As imagens registradas mostram um jato de poeira e gás com aproximadamente 10 mil km de comprimento, direcionado para o Sol. O fenômeno é comum em cometas: quando o gelo presente aquece, ele se transforma em gás e é expelido com força, formando o jato e a cauda.
Estudos e especulações
Por suas características incomuns, o 3I/ATLAS chegou a gerar especulações sobre uma possível origem artificial. Um estudo da Universidade de Harvard sugeriu que o objeto poderia ter sido produzido por alguma civilização extraterrestre, hipótese que foi rapidamente descartada pela Nasa.
“Apesar de algumas propriedades diferentes, ele se comporta como um cometa. As evidências apontam, de forma esmagadora, para a ideia de que é um corpo natural”, afirmou Tom Statler, cientista-chefe da Nasa, ao The Guardian.

Próximas etapas das observações do cometa 3I/ATLAS
O 3I/ATLAS deve atingir o ponto mais próximo do Sol em 29 de outubro, momento em que cientistas esperam monitorar mudanças em sua estrutura e nos jatos de poeira e gás. Observações detalhadas ajudarão a entender como os corpos interestelares reagem à intensa radiação solar.
Após a aproximação, o cometa voltará a ser visível da Terra em novembro. A Nasa mantém acompanhamento constante por meio do protocolo de defesa planetária, ativado em 21 de outubro, para garantir monitoramento preciso do objeto e aprimorar técnicas de medição orbital.
Fonte: metrópoles
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