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Petrobras avisa que começou a perfuração na Foz do Amazonas no mesmo dia de autorização

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Petrobras acelera encomendas em refino ao maior nível desde Lava Jato

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo
Petrobras 21 de outubro de 2025 | 19:47

Petrobras avisa que começou a perfuração na Foz do Amazonas no mesmo dia de autorização

A Petrobras começou a perfuração do bloco 59 da bacia Foz do Amazonas no mesmo dia em que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) emitiu a licença para pesquisa de petróleo na região.

A informação consta em um ofício enviado pela petroleira ao órgão nesta terça-feira (21), ao qual o jornal Folha de S.Paulo teve acesso, e também foi confirmada à CNN Brasil pela própria empresa.

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No documento, a Petrobras diz que “a perfuração do poço exploratório […] teve início em 20/10/2025”, com referência à última segunda-feira. Não foi informado o horário de início da operação.

Esse foi o mesmo dia em que foi publicada a Licença de Operação para a empresa realizar no local a pesquisa por petróleo —nesta fase, não há produção, apenas busca pelo material. A assinatura do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, aconteceu às 12h14, no horário de Brasília, segundo consta no sistema.

Procurados para explicar como a perfuração começou tão rapidamente, nem a petroleira nem o órgão ambiental responderam.

O parecer técnico do Ibama cita riscos a peixes-boi ameaçados de extinção e lembra que a AGU (Advocacia-Geral da União) permitiu que o processo de licenciamento ignorasse os impactos a povos indígenas.

O documento cita não haver óbices ao empreendimento, desde que respeitadas 34 condicionantes (dentre elas, planos de proteção à fauna, à flora e de resposta a emergências). Também são exigidos R$ 39,6 milhões em compensações ambientais.

Durante o processo de licenciamento, um dos principais entraves foi a capacidade da Petrobras de responder devidamente a vazamentos e outros possíveis problemas.

No parecer técnico final, o Ibama destaca que o principal barco de apoio a emergências, que ficará no Pará, poderia demorar 55 horas para chegar ao local, mas que uma unidade mais rápida destacada pela empresa poderá fazer um primeiro atendimento em 26 horas.

João Grabriel/Folhapress




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