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Petrobras intensifica negociações para recompra da Refinaria Landulpho Alves, afirma deputado

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Expectativa é de que acordo seja fechado ainda no primeiro semestre de 2025

Refinaria de Mataripe/Divulgacao

A Petrobras está intensificando as negociações para recomprar a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), atualmente chamada de Acelen – Refinaria de Mataripe, após sua venda para o fundo Mubadala Capital. A informação foi confirmada pelo deputado estadual Radiovaldo Costa (PT), que também é conselheiro da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros).

Venda polêmica e impactos na Bahia

A RLAM foi vendida em 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma transação cercada de controvérsias. De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) publicado em janeiro de 2024, a refinaria foi vendida por US$ 1,65 bilhão, apesar de seu valor de mercado estimado em pelo menos US$ 3 bilhões.

Desde então, a gestão da Acelen tem sido alvo de críticas devido a impactos econômicos negativos na Bahia. Segundo Radiovaldo Costa, a refinaria vem operando com capacidade reduzida, o que afeta a arrecadação de impostos e o mercado de trabalho local.

Recompra pode trazer benefícios para a economia baiana

O parlamentar afirmou que há uma expectativa de que a recompra pela Petrobras ocorra ainda no primeiro semestre de 2025. Ele destacou que o retorno da refinaria ao controle da estatal pode gerar benefícios diretos, como:

• Redução no preço dos combustíveis: a refinaria voltaria a seguir a política de preços da Petrobras, o que pode significar valores mais baixos para os consumidores baianos.

• Aumento na contratação de trabalhadores: a retomada pela Petrobras permitiria a ampliação da força de trabalho, impulsionando a economia local.

• Maior arrecadação de impostos: com a refinaria operando mais próxima de sua capacidade total, o recolhimento de ICMS na Bahia poderia crescer significativamente.

Atualmente, a refinaria tem capacidade para processar 330 mil barris de petróleo por dia, mas em 2024 operou com média de 220 mil barris/dia, cerca de 100 mil barris a menos do que poderia produzir.

Expectativa para os próximos meses

Radiovaldo Costa reforçou que todas as refinarias da Petrobras em outros estados operaram em 2024 com pelo menos 97% da capacidade, enquanto a RLAM ficou bem abaixo desse índice. “Isso impacta diretamente na arrecadação de impostos. Queremos que a Bahia tenha o mesmo tratamento e que a refinaria volte a operar em seu potencial máximo”, concluiu o deputado.

A Petrobras ainda não se manifestou oficialmente sobre os detalhes da negociação, mas as próximas semanas podem ser decisivas para o futuro da Refinaria Landulpho Alves e do mercado de combustíveis no estado.

DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO

*Com informações de política livre

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