O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou a retomada de um inquérito contra o ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no âmbito das investigações sobre irregularidades na compra de respiradores durante a pandemia de Covid-19.
O caso envolve a contratação emergencial de respiradores por meio do Consórcio Nordeste, quando Rui Costa era presidente do colegiado de governadores. Segundo a apuração, os equipamentos, adquiridos com recursos públicos, não foram entregues pela empresa contratada, gerando suspeitas de fraude, desvio de verbas e improbidade administrativa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou indícios suficientes para a continuidade das investigações, apontando possíveis crimes como peculato, fraude em licitação e associação criminosa. Diante das evidências, a PGR pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a reabertura do inquérito que havia sido arquivado anteriormente.
Em resposta, Rui Costa nega qualquer irregularidade e afirma que todas as contratações seguiram os trâmites legais para situações emergenciais. O ministro alega perseguição política e se diz tranquilo quanto à apuração dos fatos.
O caso volta a ganhar repercussão nacional e promete novos desdobramentos no cenário político, principalmente em um momento de forte polarização.
Entenda o caso dos respiradores
Em 2020, o Consórcio Nordeste firmou contratos para a compra de 300 respiradores ao custo de R$ 48,7 milhões.
Nenhum dos equipamentos foi entregue.
Empresas contratadas foram alvos de operações policiais.
A Justiça já determinou bloqueio de bens e apura responsabilidades.
A retomada do inquérito coloca novamente em pauta a discussão sobre a transparência e fiscalização dos recursos públicos, especialmente em tempos de crise.
Washington Logan
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