Éden Valadares critica manipulação da extrema direita e defende regulamentação das redes sociais

O secretário nacional de Comunicação do PT, Éden Valadares, expressou preocupações sobre a manipulação da população brasileira pela extrema direita, que, segundo ele, utiliza redes sociais com o apoio de empresas de tecnologia para disseminar desinformação e atacar o governo do presidente Lula e a esquerda. Em entrevista à rádio Baiana FM, realizada nesta quarta-feira (17), Valadares defendeu a transparência dos algoritmos das redes sociais, a regulamentação das plataformas e a necessidade de leis claras para garantir um debate fundamentado na verdade.

“Estou na Secretaria de Comunicação do PT com a tarefa de nos comunicarmos com a sociedade em tempos de manipulação, mentira e fake news. É difícil fazer comunicação em um ambiente de excesso de mentiras. Precisamos mudar a mentalidade do povo até 2026”, destacou. Ele ressaltou que, apesar de os trabalhadores reconhecerem os benefícios das políticas sociais do presidente Lula, como o aumento do salário mínimo e programas como o Farmácia Popular, eles enfrentam um constante bombardeio de desinformação nas redes sociais.

Valadares também afirmou que a “máquina de mentiras” organizada pela direita apresenta indícios de colaboração das redes sociais. Ele citou um incidente recente em que perfis de lideranças de esquerda, incluindo o presidente Lula, foram removidos dos mecanismos de busca do Instagram. “Fomos para cima da Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, mas precisamos avançar na regulamentação”, afirmou.

O secretário reiterou que as redes sociais não são espaços públicos, mas plataformas privadas que exercem grande influência sobre as decisões individuais e coletivas. “Quase 100% da população brasileira utiliza o WhatsApp. O poder de manipulação das plataformas não pode estar acima da lei”, enfatizou.

Diante do desafio de regulamentar as plataformas e combater a propagação de mentiras, Valadares assegurou que o PT se preparará para intensificar sua comunicação. “Precisamos levar a verdade sobre o que está acontecendo no Brasil, nas redes, nas ruas e nos espaços de trabalho e estudo. Estamos trabalhando com o Tribunal Superior Eleitoral e alertando o Supremo Tribunal Federal para evitar manipulação durante as eleições”, concluiu.

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