A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Intolerans nesta terça-feira (02), visando investigar suspeitos de realizarem ataques cibernéticos contra sites de deputados federais que apoiaram o Projeto de Lei nº 1904/2024, conhecido como PL Antiaborto. A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A operação tem como objetivo reprimir e esclarecer uma ofensiva coordenada que causou instabilidade e indisponibilidade nos sites dos parlamentares, prejudicando a comunicação institucional e a atuação legislativa. A ação contou com o apoio de parceiros estrangeiros através de cooperação jurídica internacional. Os ataques cibernéticos, do tipo negação de serviço (DDoS), visavam sobrecarregar os servidores e sites, tornando-os inutilizáveis. A operação busca identificar e responsabilizar os envolvidos na ação criminosa, e a PF continua as investigações para garantir que os autores sejam responsabilizados.
Investigação da Polícia Federal
A Operação Intolerans da Polícia Federal busca aprofundar as investigações sobre os ataques cibernéticos que afetaram os sites de diversos deputados federais que apoiavam o PL Antiaborto. Entre os deputados afetados, estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), cujo site foi invadido e substituído por uma publicação antiga do presidente Lula (PT) no X/Twitter; Alexandre Ramagem (PL-RJ), cujo site foi derrubado por instabilidade no servidor; Bia Kicis (PL-DF), cuja página saiu do ar após sobrecarga; e o domínio do Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que ficou inacessível por um erro interno. Além destes, outros parlamentares como Júlia Zanatta (PL-SC), Greyce Elias (Avante-MG) e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, também relataram invasões cibernéticas durante a discussão do projeto. A Agência Brasil noticiou que ainda não há informações detalhadas sobre todos os deputados afetados.
O Projeto de Lei Antiaborto e a Controvérsia
O Projeto de Lei nº 1904/2024, conhecido como PL Antiaborto, gerou grande controvérsia ao equiparar a interrupção da gravidez após a 22ª semana ao crime de homicídio. O texto altera o Código Penal e prevê a aplicação de pena de homicídio simples (seis a 20 anos de prisão) a casos de aborto realizados após esse período, inclusive em vítimas de estupro. A pena seria aplicada tanto à gestante que provocar o aborto quanto a quem realizar o procedimento. A proposta permite punir profissionais que interromperem a gravidez de feto que não seja anencéfalo, mesmo em casos de violência contra crianças e adolescentes. Atualmente, o aborto no Brasil é permitido, sem limite de tempo de gestação, em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou anencefalia fetal. O projeto, de autoria de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), foi aprovado com urgência na Câmara dos Deputados em junho de 2024, o que gerou forte repercussão negativa e levou à suspensão do debate acelerado. Atualmente, o texto está parado no Senado, na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF).
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Fonte: https://olhardigital.com.br
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