A Polícia Federal realizou na manhã deste sábado (27) a execução de dez mandados de prisão domiciliar, utilizando tornozeleiras eletrônicas, contra indivíduos condenados pelo episódio ocorrido em 8 de janeiro. Entre os alvos estão seis militares do Exército e Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Seis dos militares tiveram suas prisões efetivadas, enquanto Carlos Cesar Rocha, presidente do IVL, não foi encontrado e é considerado foragido. Rocha foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão em regime inicial semiaberto por ter produzido e divulgado relatórios falsos sobre supostas falhas nas urnas, com o intuito de contestar o resultado das eleições. Os militares envolvidos nas prisões são Ângelo Denicoli, major da reserva; Guilherme Marques Almeida e Sérgio Cavaliere, tenentes-coronéis; Bernardo Romão Correa Neto e Fabrício Moreira Bastos, coronéis; e Giancarlo Rodrigues, subtenente.

Filipe Martins está cumprindo prisão domiciliar, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A defesa de Martins caracterizou a medida como uma "perseguição política sem fim". A Polícia Federal informou que as ordens judiciais foram cumpridas em diversos estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal, com o apoio do Exército Brasileiro em algumas das operações. Além da prisão domiciliar, foram impostas medidas cautelares, como a proibição do uso de redes sociais, restrições de contato com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão de documentos de porte de arma e proibição de visitas.

As prisões domiciliares foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após a tentativa de fuga do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que foi preso na última sexta-feira (26) no Paraguai, enquanto tentava embarcar para El Salvador com documentos falsificados.