O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (25/11), que pode ser preso a qualquer momento após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A declaração de Bolsonaro aconteceu após ele desembarcar de Alagoas, capital de Maceió, no Aeroporto Internacional de Brasília. Acompanharam a fala do ex-presidente os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“Eu posso ser preso ao sair daqui [do aeroporto]”, pontuou o ex-presidente.
O ex-presidente pode ser condenado a até 28 anos, somando as penas pelos crimes pelo qual foi indiciado neste caso. Bolsonaro também é investigado em envolvimento em outros episódios, como no desvio de joias recebidas pela Presidência da República.
Bolsonaro destacou que sempre agiu “dentro das quatro linhas” da Constituição e negou envolvimento no plano para dar golpe de Estado após perder a eleição de 2022 para o Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que está falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu ia falar, ‘tá, tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como é que fica? Como é que fica o mundo perante a nós?”, indagou o ex-presidente.
“Agora, todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas, dentro da Constituição, eu estudei”, complementou Bolsonaro.
A PF encaminhou o inquérito que indicou Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, é aguardado que o magistrado envie o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com o caso na PGR pode ser apresentada uma acusação formal de crimes na Justiça.