O desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), José Edivaldo Rocha Rotondano 02 de outubro de 2025 | 18:03
Postulante à presidência do TJ-BA, Rotondano defende Judiciário mais próximo da sociedade e aposta em modernização para acelerar processos
O desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), José Edivaldo Rocha Rotondano, destacou, em entrevista a este Política Livre, durante a cerimônia de entrega da Comenda Dois de Julho ao jornalista José Eduardo, na Assembleia Legislativa, que o Poder Judiciário vive um momento de transformação e precisa estar cada vez mais próximo da população, especialmente dos mais vulneráveis.
Rotondano se lançou candidato à Presidência do TJ-BA em substituição à atual presidente Cynthia Resende.
Segundo o magistrado, a imagem de uma “justiça lenta” deve ser desconstruída a partir de ações concretas voltadas à celeridade e à acessibilidade.
“Hoje, com a macrovisão que tenho a partir do CNJ, percebo um Judiciário diferente. Sempre acreditei que o poder judiciário deve estar próximo das pessoas, tirando cidadãos da invisibilidade, cuidando dos mais vulneráveis. E é isso que tenho visto: juízes saindo de seus gabinetes e indo ao encontro da sociedade”, afirmou Rotondano.
O magistrado ressaltou que o uso de tecnologias, como a inteligência artificial, tem sido essencial para dar maior rapidez ao andamento dos processos. Ele citou iniciativas como as semanas de baixas processuais, as audiências de conciliação e o fortalecimento dos Sejuscs (Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania) como medidas já aplicadas que ajudam a evitar a judicialização excessiva.
Rotondano também destacou o papel do CNJ na transformação administrativa e financeira da Justiça. “Há cinco, dez anos, tínhamos um cenário completamente diferente. Hoje, o Poder Judiciário se modernizou e passou a cuidar de políticas públicas transformadoras”, disse.
Entre os exemplos, lembrou sua atuação em projetos de regularização fundiária e no sistema prisional, área na qual mantém forte atuação. Nesta semana, o desembargador participa, no Rio de Janeiro, do lançamento de livros em penitenciárias femininas e destinadas a pessoas trans.
Questionado sobre a sua postura caso seja eleito pelos desembargadores presidente do TJ-BA, Rotondano reforçou que pretende continuar priorizando a humanização da Justiça, caso tenha o apoio de seus colegas de tribunal.
“Quero seguir cuidando do Judiciário, dos juízes, dos servidores e, sobretudo, da população mais carente. O Tribunal de Justiça da Bahia é um dos melhores do país, e quero continuar mostrando isso.”
Para o desembargador, a principal mudança necessária no TJ-BA é fortalecer o acesso à Justiça.
“Estruturar nossas comarcas com servidores e magistrados é fundamental para garantir uma prestação jurisdicional eficiente. O grande desafio é modernizar ainda mais e tornar o Judiciário cada vez mais acessível”, concluiu.
Política Livre
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