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Praça vira necrotério: mais de 70 corpos são achados após ação no Rio

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Praça vira necrotério: mais de 70 corpos são achados após ação no Rio
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Rio de Janeiro – As forças de segurança do Rio de Janeiro informaram, no começo da tarde desta quarta-feira (29/10), que são 119 mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Destes, quatro são policiais – dois civis e dois militares – e “115 narcoterroristas”, segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi. Esta é a operação mais letal da história do estado.

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Veja imagens de corpos enfileirados em praça do Complexo da Penha:

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De acordo com as forças de segurança do Rio, os corpos contabilizados até o momento são os que estão no Instituto Médico-Legal (IML). Mais cedo, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro havia informado que a operação deixou 132 mortos.

Ao todo, 113 suspeitos foram presos – destes, 33 são de outros estados – e 10 adolescentes foram apreendidos. Os policiais recolheram, durante a operação, mais de 100 fuzis.

Um dia após a megaoperação, nesta madrugada de quarta, moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levaram ao menos 72 corpos para a Praça São Lucas, no interior da comunidade.

Imagens de drones mostram os corpos enfileirados na praça no Complexo da Penha.

Segundo relatos, os cadáveres foram encontrados na área de mata localizada entre os complexos do Alemão e da Penha, onde, na terça-feira (28/10), foi realizada a maior e mais letal operação policial da história do estado.

Alguns dos mortos vestiam roupas camufladas (“de guerra“), normalmente usadas por soldados do CV, facção alvo da ação.

Testemunhas afirmam que alguns corpos apresentam marcas de tiros, perfurações por faca nas costas e ferimentos nas pernas. Enfileirados no centro da praça, os mortos foram cercados por familiares e amigos que tentavam fazer o reconhecimento diante da ausência de informações oficiais.

Sucesso, diz governador

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou, nesta quarta-feira, durante coletiva de imprensa, que a megaoperação foi um “sucesso” e que, “quanto a vítimas, só houve policiais”.

Escalada de guerra urbana

A megaoperação, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, escancarou a intensificação do confronto entre o Estado e o Comando Vermelho (CV). Investigadores afirmam que a facção opera com poder de fogo capaz de enfrentar tropas de elite de forma prolongada e coordenada.

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Pela primeira vez em uma ação dessa dimensão no Rio, criminosos utilizaram drones adaptados para lançar explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A tática, segundo policiais, permitiu monitorar o deslocamento das equipes em tempo real e atingir pontos estratégicos do cerco montado pelo Estado.

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megaoperaçãono Rio deixa mais de 64 mortosTercio Teixeira/Especial Metrópoles

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Cadáveres serão recolhidosTercio Teixeira/Especial Metrópoles

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Corpos enfileirados na Praça São LucasTercio Teixeira/Especial Metrópoles

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Além de mais de 100 fuzis, foram recolhidos rádios comunicadores e 200 kg de drogas.

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