


Alvo da Operação Estafeta, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14/8), pela Polícia Federal (PF), o prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por determinação da Justiça de São Paulo.
Marcelo Lima (foto em destaque) é suspeito de participar de um esquema de corrupção envolvendo as secretarias de Obras e de Saúde do município do ABC paulista, e será monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.
As investigações começaram no mês passado, a partir da apreensão de R$ 14 milhões em espécie, entre notas de reais e de dólares, no apartamento de Paulo Iran Paulino Costa, assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), apontado pela PF como operador financeiro do prefeito de São Bernardo.
Segundo a PF, Paulo Iran pagava despesas pessoais da família do prefeito, como cartões de crédito, contas de telefone e até a faculdade de medicina da filha do político.
Ao todo, a PF cumpriu na manhã desta quinta-feira dois mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, todas na Grande São Paulo, além obter as quebras dos sigilos bancário e fiscal dos investigados.
Entre os locais onde são cumpridos os mandados, estão as casas de sócios da empresa Terraplanagem Alzira Franco, onde foram encontrados R$ 400 mil, de uma empresa de medicamentos, de uma empresa de importação e exportação e a residência de um servidor municipal.
As medidas cautelares, expedidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), incluem ainda o afastamento de cargos públicos e o monitoramento eletrônico. Os investigados responderão, na medida de suas condutas, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa.
Em nota ao Metrópoles, a Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que vai colaborar com as informações necessárias em relação ao caso. “A gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado. Reforçamos que o episódio não afeta os serviços na cidade”, diz o texto.
A reportagem também tenta contato com as defesas dos demais citados nas investigações da PF. O espaço segue aberto para atualizações.
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