Decisão da Justiça Federal aponta ilegalidade em acordo extrajudicial que reduz drasticamente os valores dos precatórios do FUNDEF, destinados à educação municipal.
A 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Feira de Santana abriu uma ação popular contra o prefeito de Quijingue, Romerinho Rocha, e o procurador do município, Marcos Leone, acusando ambos de firmar um acordo extrajudicial ilegal com a União que resultaria em prejuízo superior a R$ 50 milhões para os cofres públicos — especialmente para os professores da rede municipal de ensino.
A ação foi movida pela autora Juliana Morais Lins, sob o número 1018419-91.2025.4.01.3304, e tem como base a tentativa da gestão municipal de abrir mão de mais de 75% dos valores de precatórios do FUNDEF a que o município tem direito.
💸 O que está em jogo: de R$ 68 milhões para apenas R$ 16 milhões
Historicamente, o município de Quijingue moveu ações contra a União para recuperar valores de repasses do FUNDEF não pagos corretamente. O montante total dessas ações chega a R$ 68 milhões, valores que seriam, em sua maior parte, destinados à educação e valorização do magistério.
No entanto, o prefeito e o procurador municipal decidiram aceitar apenas R$ 16 milhões no acordo com a União — sem qualquer justificativa plausível, o que representa uma perda de mais de R$ 50 milhões para os professores e servidores da educação.
⚖️ Decisão judicial aponta ilegalidade e risco de improbidade
A Justiça Federal destacou que não há respaldo legal para o acordo firmado, já que os valores dos precatórios estão assegurados judicialmente ao município. O ato pode ser classificado como lesão grave ao erário público, configurando improbidade administrativa.
Segundo a decisão, não existe nenhum motivo jurídico que justifique a redução dos valores, uma vez que os pagamentos seriam feitos normalmente por meio de precatórios.
🗣️ Professores e sindicato foram consultados?
Diante da gravidade da situação, fica o questionamento direto à APLB Sindicato e aos servidores da educação de Quijingue: houve participação ou sequer consulta prévia à categoria antes de uma decisão que compromete o futuro financeiro da educação local?
A pergunta é inevitável:
Você trocaria R$ 68 milhões por apenas R$ 16 milhões?
📢 Com a palavra, os profissionais da educação
Enquanto a população e os educadores aguardam respostas, o caso gera revolta e indignação. O que deveria ser uma conquista histórica para os profissionais da educação — a garantia de recursos do FUNDEF —, pode se transformar em um dos maiores escândalos administrativos da história de Quijingue.
Agora, cabe à Justiça Federal impedir esse retrocesso e garantir que os recursos cheguem a quem realmente tem direito: os professores.
Confira a decisão AQUI
DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO
*Com informações de Se Liga Quijingue
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