Deputado Alan Sanches (União Brasil) 11 de abril de 2025 | 13:15
‘Prefeitos que estão sendo cooptados pelo governo sentem a necessidade de mostrar algum serviço’, dispara Alan Sanches
O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Alan Sanches (União Brasil), repercutiu a notícia sobre a maratona de viagens pelo interior do Estado, com previsão de início até o final de maio, anunciada esta semana pelo ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, principal nome da oposição na disputa ao governo baiano em 2026.
A este Política Livre, Sanches minimizou as reclamações de prefeitos que aderiram ao projeto da oposição na eleição de 2022, mas que agora abandonaram o “barco de Neto” para marchar com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo o deputado, é compreensível o papel que o governo está fazendo de cooptar os prefeitos, “não só administrativamente, mas também politicamente”. Ele frisou, entretanto, que os gestores “se sentem na obrigação de prestar algum serviço” que, neste caso, é o de criticar publicamente o ex-aliado ACM Neto.
“Eu acho que a gente deveria pensar o seguinte: casamento acaba, namoro acaba, relações de sociedade acabam, mas nem por isso você tem que ficar falando mal daquela pessoa. Aquela pessoa não precisa ser um desafeto seu. Você saia pela porta da frente, deixando as portas abertas que você como ser humano inteligente que é vai perceber que o mundo dá voltas. Hoje, Neto está sem mandato, mas amanhã Neto pode ser governador e para que num momento desse, quando você está em baixa, é aí que você vai querer agredir? Aí você vai justificar as suas atitudes porque a pessoa não atendeu o seu telefone?”, disparou.
O recado de Alan Sanches atinge em cheio o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP) . Esta semana, o projeto de resolução para conceder o título de Cidadão Baiano ao prefeito do oeste da Bahia, que é natural de Goiânia (GO), foi barrado pela oposição na Assembleia Legislativa por conta das críticas públicas a ACM Neto. Sanches estava à frente da bancada de oposição durante a sessão, substituindo o líder, Tiago Correia (PSDB).
Sobre a maratona de viagens pelo interior, o vice-líder pontuou que “as pessoas gostam tanto de ouvir Neto, gostam tanto de Neto, que querem a presença dele e, por isso, ficam solicitando”. Ele também afirmou que sempre que vai ao escritório do cacique do União Brasil encontra o ambiente cheio ao ponto de se perguntar “ como ele tem tanta paciência para atender tantas pessoas”.
“Eu convivo com o Neto, no grupo de Neto, há 11 anos. E eu sei que ele é aquela pessoa que quando você precisa, ele estende a mão. Ele não deixa desamparado. Agora, tem gente que tem carência de amor, de amigos, e fica nessa, querendo o tempo todo estar do lado dele. Ele tem a família dele, ele tem os problemas dele. As pessoas esquecem que ele tem seis anos sem mandato. São seis anos que ele está, digamos assim, sem um emprego remunerado (…). Agora, o que eu posso dizer é que qualquer pessoa que é aliado dele quando leva uma demanda, ele sempre estendeu a mão. Quem fala o contrário não está sendo, eu digo assim, não está sendo honesto com ele”, finalizou.
Carine Andrade, Política Livre
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