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Prefeitura de Dias d’Ávila exonera comissionados após decisão judicial e recria 543 argos

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Prefeitura de Dias d’Ávila exonera comissionados após decisão judicial e recria 543 argos

A Prefeitura de Dias d’Ávila, localizada na Região Metropolitana de Salvador, enfrenta um impasse institucional neste final de ano. Após uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, a administração do prefeito Alberto Castro foi obrigada a exonerar mais de 200 servidores que ocupavam cargos comissionados. Essa medida foi resultado de uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Ministério Público da Bahia.

O Judiciário determinou que 12 categorias de cargos, como Subsecretário, Diretor de Departamento e Assessor Especial, não apresentavam atribuições técnicas que justificassem a livre nomeação, sendo utilizadas de forma irregular para fins políticos. Embora a gestão tenha cumprido a ordem de demissão para evitar sanções por improbidade administrativa, rapidamente buscou restabelecer sua estrutura. Com o apoio da Câmara de Vereadores, foi aprovada uma nova lei que recria 543 cargos comissionados no município.

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Servidores que foram exonerados relataram que houve uma promessa formal de recontratação para janeiro. A estratégia do governo consiste em renomear as funções e descrever novas atribuições, com o objetivo de adequar a legislação municipal às exigências constitucionais e garantir a continuidade da base de apoio político na administração.

Estudos preliminares indicavam que a extinção dos cargos derrubados pela Justiça poderia resultar em uma economia de quase R$ 12 milhões por ano. No entanto, com a recriação das vagas, esse alívio financeiro foi anulado, gerando críticas de órgãos de controle e da oposição. Juristas alertam que a tentativa de modificar as funções extintas pode ser considerada uma burla à decisão judicial. Se as novas atribuições não apresentarem clareza técnica ou se os mesmos funcionários forem reacomodados em funções semelhantes com nomes diferentes, o Ministério Público poderá acionar novamente o Tribunal de Justiça para contestar a nova legislação e solicitar o afastamento dos responsáveis.

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A situação na Prefeitura de Dias d’Ávila é ainda mais complicada devido a outras decisões recentes. No início de dezembro, a Justiça determinou que o prefeito nomeasse candidatos aprovados em concurso público que estavam sendo preteridos em favor de ocupantes de cargos temporários e comissionados. Além disso, em novembro, o município foi condenado a pagar multa por expor servidores da limpeza e obras a condições insalubres, evidenciando falhas na gestão de recursos humanos e infraestrutura. A nova lei de cargos agora aguarda os desdobramentos de possíveis novas fiscalizações do Ministério Público da Bahia e do Tribunal de Contas dos Municípios.

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