A edição do Ranking Universitário da Folha (RUF) de 2025 mostrou resultados variados entre as universidades baianas. Dados revelados neste domingo (9) mostram como já ocorrido nas últimas edições, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) tiveram as melhores notas em geral. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) registrou o maior salto do estado, subindo 34 posições.
Entre as instituições avaliadas, a UFBA subiu 4 posições em relação ao ano passado, alcançando a 14ª colocação nacional. As universidades estaduais sediadas em Ilhéus e Feira de Santana também tiveram bons desempenhos em algumas critérios.
A Universidade de Santa Cruz (Uesc), que anteriormente ocupava a 42ª posição em Internacionalização, subiu para o 7º lugar do Brasil. No entanto, a universidade perdeu 5 posições no ranking geral deste ano, apesar de manter sua pontuação estável.
O Bahia Notícias (BN) já havia revelado a novidade da Uesc, que ultrapassou todas as baianas em termos de internacionalização. Porém, a universidade ainda enfrenta desafios em outras categorias, como Mercado, Ensino e Pesquisa, conforme aponta o RUF 2025.
A estadual feirense (Uefs), antes a terceira colocada no estado na última edição, ultrapassou a Uesc e agora ocupa a segunda posição no estado, mantendo-se entre as melhores na 11ª edição do Ranking Universitário da Folha de S. Paulo (RUF 2025).
A classificação do RUF é composta pela avaliação de cinco critérios: Pesquisa, Ensino, Mercado, Internacionalização e Inovação. Com médias ponderadas, entre as instituições baianas mais bem classificadas, 8 em 10 são públicas.
Veja no gráfico realizado pelo BN os resultados:
Outras instituições da Bahia também apresentaram avanços no ranking geral. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) registrou o maior salto, saindo de 148ª para a 114ª em parâmetro nacional. A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) avançou 18 posições, passando da 105ª para a 87ª.
COMO É FEITO?
Parte do fato de as universidades públicas estarem tão bem classificadas se deve à metodologia do Ranking, pois 42% da nota geral é atribuída ao critério de Pesquisa, onde as universidades públicas se destacam, colocando as privadas em desvantagem nesse item.
Veja em gráfico ilustrativo:
Ao todo, o RUF avalia as universidades com base em cinco critérios: Pesquisa, Ensino, Mercado, Internacionalização e Inovação. Pesquisa representa 42% da nota final, os outros critérios são avaliados da seguinte forma: Ensino (32%), Mercado (18%) e, por fim, Inovação e Internacionalização, ambos com 4% cada.
Embora a maioria das universidades avaliadas pelo RUF seja privada, elas enfrentam dificuldades para alcançar as públicas, especialmente no critério de Pesquisa. No Top 100 de melhores universidades em Pesquisa, apenas 22 são privadas, o que representa menos de 25% entre as melhores instituições do Brasil.
Na Bahia, a situação é ainda mais desafiadora para as universidades privadas. Nem mesmo a Unifacs, nem a UCSal se destacaram, com notas de 13,78 e 5,32, respectivamente. Em comparação, a universidade pública com a pontuação mais baixa no estado foi a Universidade do Oeste da Bahia (Ufob), com 14,35 pontos.
CRITÉRIOS DO RANKING
O critério de Mercado considera a opinião dos empregadores sobre as universidades, com base em preferências de contratação. No caso da Bahia, a UFBA se destacou entre as 10 melhores do Brasil neste critério.
O mercado baiano varia muito conforme o curso de formação, bem como as necessidades de diferentes setores. Contudo no geral (observado de todos os cursos), a UFBA e Uneb despontam as notas mais altas do estado.
Entre as privadas baianas, a Unifacs (Universidade de Salvador) e UCSal (Universidade Católica do Salvador) tiveram as notas mais altas para os empregadores.
No quesito “Inovação”, o ranking avalia o número de patentes concedidas e a capacidade das universidades de firmar parcerias, com dados do Scopus/Elsevier. Na “Internacionalização”, o ranking observa a participação de docentes e pesquisadores em eventos internacionais, como congressos e simpósios, além de intercâmbios e parcerias.
Em “Pesquisa”, o RUF avalia o impacto das citações, publicações em periódicos nacionais e internacionais, além da produção de teses e dissertações. No critério “Ensino”, é levada em conta a percepção dos professores (20% da nota), bem como a nota do Enade, a qualificação dos docentes (doutorado e mestrado), e o envolvimento dos professores com os alunos.
DIPLOMAS BAIANOS
O ranking também avalia 40 carreiras de diferentes cursos todo ano, no RUF 2025 é possível checar o resultado de cada curso em comparação no ranking nacional de ensino superior do país. Na Bahia em diferentes partes do estado houve destaques, a UFBA possui as melhores notas e classificações nos cursos avaliados no ranking.
A mais antiga instituição de ensino da Bahia, com campus em Salvador e Vitória da Conquista, disputa com as melhores do país com cursos como Comunicação, Letras, Arquitetura e Urbanismo, Artes, Química e Física disputando em posições como 6° até 20°.
Na Universidade Federal do Oeste baiano (Ufob), sediada em Barreiras com campus em municípios como Barra, Luís Eduardo Magalhães e Bom Jesus da Lapa. Os cursos mais bem avaliados são Engenharia Ambiental, Física, Química e Artes Plásticas. Com classificações entre posições 50–80 no ranking nacional.
Já no sul e extremo Sul da Bahia, a UFSB com campus em Porto Seguro, Itabuna e Teixeira de Freitas possui cursos bem pontuados no top 50 do país como História e Engenharia Ambiental. Em Cruz das Almas, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) teve destaque no curso e Agronomia com posição 23°.
Entre as estaduais com diferentes localidades no estado como a Uneb com 24 campi em vários municípios, Enfermagem, Ciências Sociais e Ciências Contábeis foram melhor avaliados, no top 30 do país.
Ainda no Top 30, a Uesc destacou o curso de Biomedicina no campus de Ilhéus. E por fim na Uefs foram os cursos de Física e Educação Física. Outras instituições pontuaram em diferentes critérios, os dados são de livre acesso através do site do RUF 2025.
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