Nesta terça-feira (4), o grupo Mudei de Nome, comandado pelos cantores Ricardo Chaves e Magary Lord, animou os foliões em uma pipoca no Circuito Osmar, no Campo Grande, em Salvador. A apresentação marcou mais um momento especial do Carnaval baiano, com hits que resgatam a história do Axé Music e levam multidões às ruas.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Ricardo Chaves falou sobre a importância das quatro décadas do Axé e o crescimento do público que acompanha sua pipoca. “Eu acho que a data dos 40 anos fez mais gente ainda querer reencontrar com a história, né? E o que a gente faz é esse resgate da história. A gente viu no número de pessoas que acompanhou a pipoca, que cada ano vem crescendo mais e deixa a gente muito feliz e com responsabilidade cada vez maior de manter esse legado, independente de datas comemorativas”, destacou.
O cantor também comentou sobre o movimento nas ruas de Salvador durante o Carnaval. “Eu fiquei muito tempo fora agora. Toquei somente na quinta-feira e hoje aqui em Salvador e viajei. O que eu sei é que eu vi muita gente na rua, as ruas muito cheias, e isso é muito bom. Eu ainda vou ter tempo de ver direito pra fazer uma análise maior, que eu gosto de fazer isso pra tentar colaborar com a festa”, disse.
Além de celebrar o sucesso da pipoca, Ricardo Chaves refletiu sobre o Furdunço, evento que antecede o Carnaval e que ele ajudou a criar quando integrava a banda Alavontê, em parceria com a prefeitura. Ele criticou o formato atual do bloco, que, segundo ele, perdeu parte de sua essência.
“No que tange o Mudei, nas três participações que a gente fez no Furdunço… Eu acho que o Furdunço tem que ser repensado, e eu digo isso com propriedade em nome do Mudei, porque nós criamos o Furdunço junto com a prefeitura quando éramos Alavontê. E o Furdunço hoje está muito grande, são muitas atrações, trios gigantescos, e perdeu um pouco do que era a origem. Mas são coisas que se a gente puder colaborar, vamos colaborar”, explicou.