A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (4), a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). A decisão ocorreu após o nome de Zema ser citado em uma investigação relacionada à Zema Financeira, empresa pertencente ao Grupo Zema, ligado à família do político. O requerimento para a convocação foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). O deputado Rogério Correia (PT-MG) apontou que a Zema Financeira oferece empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS, com descontos diretamente na folha de pagamento. De acordo com o parlamentar, a empresa também possibilita a portabilidade de crédito, permitindo que os beneficiários transfiram consignados contratados em outras instituições. Correia argumentou que a atuação da Zema Financeira no mercado de consignados deve ser minuciosamente analisada pela comissão, ressaltando que o governador é “herdeiro e ex-administrador” do grupo empresarial. Ele também mencionou que a empresa foi uma das poucas autorizadas pelo Banco Central a conceder crédito com desconto direto no pagamento de benefícios a famílias vulneráveis, em valores que chegavam a até 40% do auxílio recebido. A bancada do Novo considerou a convocação uma “perseguição” e “descortesia”, mas assegurou que Zema será “a pessoa mais honesta” a comparecer perante a comissão. Antes da votação, o governador enviou uma carta à CPMI, lida pelo senador Carlos Viana (PP-MG), presidente do colegiado, manifestando sua disponibilidade para prestar esclarecimentos, o que levou os parlamentares a aprovarem sua convocação formal. Além da convocação de Zema, a CPMI examinou um segundo requerimento que solicitava ao Coaf a elaboração de relatórios de inteligência financeira e a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A. No entanto, este pedido foi negado. O requerimento justificava que a empresa opera integralmente de forma digital, o que aumentaria o risco de fraudes envolvendo um público considerado vulnerável. Também foi mencionado que a Zema Financeira foi autorizada pelo Banco Central a ofertar empréstimos descontados diretamente do Auxílio Brasil, prática que foi posteriormente analisada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou falhas e suspeitas de uso eleitoral do benefício.

Convocação e Acusações

A convocação de Romeu Zema pela CPMI do INSS decorre de sua ligação com a Zema Financeira, empresa familiar que atua no mercado de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS. O deputado Rogério Correia (PT-MG) argumenta que a empresa oferece empréstimos com descontos diretamente na folha de pagamento dos beneficiários e facilita a portabilidade de crédito, levantando preocupações sobre a atuação da empresa no mercado de consignados. A defesa do governador alega que a convocação se trata de perseguição política.

Rejeição de Quebra de Sigilo

A CPMI do INSS rejeitou o requerimento que pedia a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A, empresa que opera de forma digital. A justificativa para o pedido de quebra de sigilo era o suposto risco de fraudes envolvendo um público vulnerável. A empresa também foi autorizada a ofertar empréstimos descontados diretamente do Auxílio Brasil, prática que foi posteriormente analisada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou falhas e suspeitas de uso eleitoral do benefício.

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Fonte: https://gazetabrasil.com.br