Com a consciência limpa e a palavra firme, iniciamos mais uma reflexão. E nesta semana, eu não poderia deixar de debater ou me calar diante da injustiça que os funcionários contratados pelo Hospital Português estão enfrentando, com seus salários atrasados há vários dias.

A denúncia foi feita de forma anônima, por medo, pois o clima de perseguição é forte, e muitos evitam se expor para não sofrer retaliações. Isso, por si só, já mostra o nível de insegurança e desrespeito a que esses profissionais estão sendo submetidos.

A princípio a explicação da direção do hospital é que a prefeitura não fez o repasse. Mas quem vive de salário não pode esperar e, quem contrata, independentemente de qualquer contrato com o poder público, tem a obrigação de cumprir seus compromissos.

Contudo, nobres conterrâneos, não dá para ignorar que a prefeitura tem responsabilidade direta nesse caos. Pois quando atrasa o repasse, prejudica o funcionamento do hospital e fere a dignidade de quem trabalha lá. E não adianta empurrar o problema para os outros, sendo que o recurso para manter os serviços precisa chegar, porque salários e vidas dependem disso.

Enquanto isso, o cenário só piora. O número de afastamentos por adoecimento cresce, ninguém é substituído e o quadro de pessoal segue reduzido. Para você ter uma ideia, a sobrecarga é tanta que os profissionais estão adoecendo emocionalmente, pois estão trabalhando dobrado, sem receber, e em meio ao silêncio das autoridades.

E não é exagero falar que quando quem cuida começa a adoecer, é sinal de que algo está muito errado e a Prefeitura atrasando repasse acaba prejudicando diretamente quem está na linha de frente da saúde e de igual modo o hospital não pagando, nem dando suporte, agrava ainda mais o que já está insustentável.

Por hoje ficamos por aqui. Mas quero saber sua opinião. Concorda? Discorda? Tem algo a acrescentar?
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RUBENILSON CAMPOS