Com a consciência limpa e a palavra firme, iniciamos mais uma reflexão. E esta semana falaremos sobre uma triste realidade que persiste no nosso Cumbe do Major, onde ser atendido na rede pública de saúde é quase um ato de fé. E nem sempre a fé basta, pois a precariedade já virou rotina e o abandono parece que foi normalizado.

O cidadão amanhece passando mal e corre para a unidade de saúde acreditando que vai encontrar ajuda. No lugar disso, dá de cara com filas intermináveis, empurra-empurra, demora e promessas vencidas. Não tem diagnóstico, não tem remédio, não tem respeito. A saúde em Euclides virou teste de paciência, onde o sofrimento vem antes do cuidado.

Além da estrutura frágil, os profissionais estão sobrecarregados, os insumos básicos de higiene são raros e, quando o atendimento acontece, já é motivo de comemoração. O que deveria ser um direito do cidadão euclidense virou um favor e, ainda assim, mal prestado.

Vocês já devem ter repararado que o município parece viver num eterno improviso, onde a saúde virou gambiarra institucionalizada. Nada é planejado, nada é prioridade. Afinal, o povo adoece, mas não reclama ou se reclama, ninguém ouve e, quando o Ministério Público aparece cobrando providências, é como se estivesse atrapalhando um grande plano de abandono coletivo.

E enquanto isso, o gestor segue errando até o território de nosso município (é semiárido nordeste 2 nobre alcaide!!) e fazendo vídeo com o secretário de saúde falando frases motivacionais e slogans reciclados, como se palavras bonitas curassem descaso ou resolvesse a falta de atendimento digno.

Sinceramente, a sensação que fica é a de que, em Euclides, o problema não é a falta de recursos, é a falta de vergonha mesmo.

Por esta semana ficamos por aqui. Mas quero saber sua opinião sobre este assunto. Concorda? Discorda? Tem algo a acrescentar? Vamos continuar esta conversa no meu Instagram @rubenilson_campos_

RUBENILSON CAMPOS