“O Comitê optou pela elevação de 0,25 ponto percentual, avaliando que a economia ainda apresenta resiliência, o que dificulta a convergência da inflação à meta”, justificou o Copom no documento. Segundo o BC, grande parte dos efeitos contracionistas dessa política ainda está por vir.
A autoridade monetária frisou que, embora antecipe uma interrupção nas altas, não hesitará em retomar o ciclo de aperto caso considere necessário: “O Comitê enfatiza que seguirá vigilante (…) e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”.
O comitê ainda destacou que as expectativas de inflação continuam desancoradas e que o mercado de trabalho segue pressionado, o que exige manutenção de juros altos por um período prolongado para garantir a estabilidade de preços.
A ata também abordou o cenário internacional, classificando-o como “adverso e particularmente incerto”, em função das guerras no Oriente Médio, da recente entrada dos Estados Unidos no conflito e dos efeitos do “tarifaço” promovido pelo presidente norte-americano Donald Trump. Para o BC, essas tensões já afetam decisões de investimento e consumo, o que pode impactar a economia doméstica de forma ainda difícil de mensurar.
“Ainda é cedo para concluir qual será a magnitude do impacto sobre a economia brasileira”, avaliou o Copom, acrescentando que o país pode ser menos afetado por tarifas comerciais, mas mais vulnerável a choques externos e flutuações cambiais.
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