Atrasos no pagamento de salários geram insatisfação entre os servidores municipais. Protesto organizado pelo sindicato exige regularização imediata e intervenção do Ministério Público.
Servidores cruzam os braços por 24 horas
Os servidores públicos municipais de Quijingue, no território do Sisal, realizaram na última segunda-feira (14) uma paralisação de advertência de 24 horas em protesto contra o atraso nos pagamentos dos salários referentes ao mês de dezembro de 2024. A ação, liderada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quijingue (SINSPUQ), reuniu dezenas de trabalhadores em frente à sede da prefeitura, com faixas e cartazes que expressavam a insatisfação e a reivindicação por soluções imediatas.
Nota da prefeitura gera críticas

Segundo informações divulgadas, a prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento, alegando que os débitos referentes ao período anterior à posse do atual prefeito, ocorrida em 1º de janeiro de 2025, não seriam de responsabilidade direta da gestão. No entanto, o SINSPUQ rebateu a declaração, ressaltando que a administração pública tem o dever de honrar os compromissos financeiros, independentemente do mandato em vigência.
Pressão sobre a gestão municipal

Durante o protesto, o sindicato buscou envolver a comunidade para demonstrar os impactos dos atrasos salariais na vida dos trabalhadores e no funcionamento dos serviços públicos. A pressão levou a gestão municipal a agendar uma reunião com o sindicato para sexta-feira, 17 de janeiro, com o objetivo de discutir possíveis soluções.
Além disso, após denúncia formal do SINSPUQ, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) notificou a prefeitura, estipulando um prazo de 48 horas para que apresentasse uma justificativa oficial sobre a situação. Caso a resposta não seja apresentada ou considerada insatisfatória, o órgão poderá instaurar um inquérito e adotar medidas judiciais.
Questionamentos sobre prioridades da gestão
Entre as reivindicações dos servidores, também foi destacada a realização de uma festa no distrito de Algodões, prevista para o final do mês. Segundo o sindicato, a organização do evento contrasta com a falta de recursos para regularizar os salários atrasados.

O SINSPUQ argumenta que os trabalhadores seguem desempenhando suas funções essenciais, mesmo enfrentando dificuldades financeiras, e que priorizar festividades diante desse cenário demonstra uma falta de comprometimento com os servidores.
Próximos passos
A paralisação teve como principal objetivo pressionar a administração municipal a resolver o problema com urgência. Caso os atrasos persistam, o sindicato não descarta a possibilidade de realizar novas mobilizações ou entrar com ações judiciais para garantir os direitos dos trabalhadores.
A comunidade local acompanha de perto a situação, que pode impactar diretamente o funcionamento de serviços essenciais no município.
DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO
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