A sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Euclides da Cunha, convocada pelo prefeito Heldinho Macedo para o dia 20 de janeiro de 2025, teve um desfecho tumultuado e evidenciou um príncipio de crise na base governista. O objetivo da sessão era votar um projeto que autoriza a assinatura de convênios e o parcelamento de dívidas, mas um intenso embate entre os vereadores Nenem de Diassis, líder do governo, e Ireno Barreto marcou a sessão.

A tensão começou quando o vereador Ireno Barreto em sua fala propôs uma emenda reduzindo o prazo de autorização para convênios e contratos de um ano para seis meses. O líder governista, Nenem de Diassis, reagiu de forma desfavaoravél, acusando Ireno Barreto de não ter convocado a Comissão de Constituição e Justiça e de Finanças, da qual é presidente, e responsabilizando-o pela ausência de parecer no projeto. Nenem de Diassis chegou a qualificar Ireno como um mau gestor da comissão, levantando suspeitas sobre sua competência.

Diante da acusação, Ireno rebateu, argumentando que a apresentação de emendas é um direito parlamentar. O clima esquentou ainda mais quando Nenem de Diassis, exaltado, afirmou que não estava gritando, mas sim gripado e que, se fosse necessário, elevaria ainda mais o tom de voz. O tumulto generalizado levou o presidente da Câmara Tita da água a tentar intervir, mas até ele acabou se envolvendo no conflito com Ireno Barreto.

A gravidade da situação foi tamanha que o próprio líder do governo pediu a retirada do projeto e a suspensão da sessão. Esse episódio revela uma evidente fragilidade na condução da base governista e expõe um cenário preocupante para a governabilidade do prefeito Heldinho Macedo. Caso a liderança na Câmara mantenha esse tom agressivo e desagregador, o governo municipal poderá enfrentar sérias dificuldades para aprovar projetos e consolidar sua agenda administrativa.

Confira o vídeo da discussão

DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO