O sistema de pagamentos instantâneos Pix atingiu um novo recorde diário na última sexta-feira (28), totalizando 297,4 milhões de operações. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central, revelam que as transações movimentaram R$ 166,2 bilhões em um único dia, superando a marca anterior de 290 milhões de transações, registrada em 5 de setembro. Este novo pico coincidiu com a Black Friday e o prazo final para o pagamento da primeira parcela do 13º salário pelos empregadores.
O Banco Central destacou o resultado como “mais uma demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública para o funcionamento da economia nacional”. O Pix, que completou cinco anos em novembro, já é utilizado por mais de 170 milhões de brasileiros e possui cerca de 890 milhões de chaves cadastradas. Desde o início de sua operação em novembro de 2020, até 30 de setembro de 2025, o sistema movimentou R$ 85,5 trilhões.
Uma pesquisa do BC, divulgada no fim de 2024, apontou que 76,4% da população utiliza a ferramenta. Em 2021, esse percentual era de 46%. No primeiro semestre de 2025, o Pix foi responsável por 50,9% das transações realizadas no país. Além do volume, o Pix ampliou o acesso ao sistema financeiro e estimulou a concorrência entre instituições. A ampla adesão e o baixo custo levaram muitos clientes a migrar para bancos digitais e instituições de pagamento, intensificando a disputa por contas transacionais.
Funcionalidades como cobrança, agendamento e QR Code abriram espaço para modelos de negócio inovadores em e-commerce, varejo físico e serviços recorrentes, consolidando o sistema como referência internacional de pagamento digital. A internacionalização está na agenda do BC, mas ainda em fase de estudos, sem marco normativo definido.
Novas Regras de Segurança e Devolução de Valores
Com a expansão do Pix, o Banco Central modernizou e criou novas formas de regulação para mitigar o aumento de golpes e fraudes. Recentemente, novas regras entraram em vigor para aprimorar a segurança do sistema e ampliar as possibilidades de devolução de valores às vítimas. O principal avanço é o aperfeiçoamento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), que rastreia o caminho do dinheiro e possibilita o retorno dos valores quando uma transação é contestada. O procedimento deve ser solicitado em até 80 dias após a operação. Antes, a devolução era limitada à primeira conta, mas agora o MED acompanha os caminhos percorridos pelos recursos, indo além da conta inicial.
Responsabilidade em Casos de Fraude
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aplica ao Pix a mesma lógica de outros canais eletrônicos, responsabilizando bancos e instituições por falhas no serviço, uma vez que o risco de golpes massificados faz parte da atividade bancária digital. A responsabilidade é afastada apenas em casos de culpa exclusiva do consumidor, como quando a vítima fornece senhas, ignora alertas de segurança ou age de forma temerária.
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Fonte: https://olhardigital.com.br
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