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Smartwatches: vendas globais caem pela primeira vez na história

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Relógios inteligentes não são exatamente uma novidade no mercado. A primeira versão de um deles data de 1977: um modelo da HP que, além de contar as horas, trazia uma calculadora.

Os smartwatches como os conhecemos, hoje, porém, são muito mais recentes. Podemos citar entre os pioneiros o Peeble Watch, em 2012, o Galaxy Gear, da Samsung, em 2013, e o Apple Watch em 2015. De lá para cá, principalmente após a entrada das gigantes, o mercado desses wearables se transformou e não havia experimentado nenhuma queda. Até agora.

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Dados da empresa de pesquisa de mercado Counterpoint apontam para um recuo de 7% nas vendas globais desses produtos em 2024. Trata-se do primeiro tombo registrado na atual série histórica, que começou a ser medida há mais de uma década.

Os especialistas esperam uma recuperação para esse ano de 2025, sustentada pelos novos recursos de Inteligência Artificial e a oferta e conectividade maior com aplicativos de saúde.

O resultado de 2024, no entanto, ajuda a entender algumas mudanças do mercado e, por que não, algumas lições também.

Os smartwatches se tornaram um dos wearables mais populares do mercado – Imagem: nestudio99?/Shutterstock

O que motivou essa queda?

  • De acordo com a equipe do Counterpoint, a resposta está em uma série de fatores e um dos principais é que esses relógios não são mais novidade.
  • Ou seja, assim como os smartphones, eles precisam agora trazer alterações e upgrades interessantes de verdade para uma pessoa aposentar o atual modelo e comprar um novo.
  • E aqui a Apple teve um papel crucial no recuo.
  • A queda do setor em geral coincidiu com um tombo da empresa da maçã, que registrou uma diminuição de 19% nas vendas dos smartwatches no ano passado.
  • A Counterpoint atribui esse desempenho a uma proibição das vendas e importações nos EUA, devido a uma disputa de patente sobre monitoramento do nível de oxigênio no sangue.
  • Além disso, os modelos de 2024 não trouxeram grandes inovações e o mega lançamento do Apple Watch Ultra 3 foi adiado para 2025.
Apple Watch no pulso de uma pessoa
A Apple e seu Apple Watch tiveram um papel determinante nessa queda – Imagem: Hadrian/Shutterstock

Mas teve gente que comemorou

Apesar do declínio geral, fabricantes chineses foram na contramão e tiveram em 2024 um dos melhores anos da história. Marcas como Xiaomi, Huawei e Imoo surfaram nessa onda e passaram a ocupar um espaço importante de mercado.

As vendas na própria China também cresceram de 19% para 25% no ano a partir do último trimestre de 2023. Isso proporcionalmente em relação a todo o planeta.

Essa foi a primeira vez que o país registrou mais vendas de smartwatches do que a Índia ou os EUA, de acordo com a Counterpoint.

Esse salto chinês tem duas explicações principais: o preço baixo e a descoberta de um nicho dentro do segmento: o de relógios inteligentes para crianças.

“O segmento de relógios inteligentes para crianças está ganhando força porque os pais estão preocupados com a segurança dos filhos e desejam monitorar e permanecer constantemente conectados com eles”, disse Balbir Singh, da Counterpoint, em entrevista à BBC.

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