O SoftBank Group Corp, uma empresa japonesa de investimentos, está em negociações para adquirir a DigitalBridge Group Inc, conforme reportado pela Bloomberg News, que citou fontes próximas ao assunto. Esse possível acordo surge em um contexto de crescimento global da infraestrutura necessária para suportar aplicações de Inteligência Artificial (IA). A Reuters também divulgou informações sobre a negociação.

A reação do mercado financeiro foi imediata, com as ações da DigitalBridge subindo cerca de 40% nas negociações pré-abertura e alcançando um pico de 50%. No fechamento da última sexta-feira, a empresa tinha uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 2,54 bilhões, e suas ações acumulavam uma valorização de cerca de 23% no ano.

Embora as empresas não tenham comentado sobre o assunto ou respondido a pedidos de informações, o mercado demonstrou otimismo em relação às negociações, que já haviam impulsionado as ações da DigitalBridge em 45% no início do mês.

A DigitalBridge se apresenta como um "negócio único de infraestrutura digital" e, até 30 de setembro, gerenciava cerca de US$ 108 bilhões em ativos, consolidando-se como um dos maiores investidores no ecossistema digital. A empresa investe em setores estratégicos, incluindo data centers, torres de celular e redes de fibra óptica, e seu portfólio abrange empresas como Vantage Data Centers, Zayo, Switch e AtlasEdge.

A aquisição da DigitalBridge ampliaria a presença do SoftBank na infraestrutura digital, em um momento em que seu fundador, Masayoshi Son, busca posicionar o conglomerado japonês no centro de uma transformação tecnológica considerada "uma vez a cada geração". Recentemente, o SoftBank vendeu sua participação na fabricante de chips Nvidia por US$ 5,83 bilhões, liberando recursos para investimentos na OpenAI.

Além disso, o SoftBank está envolvido no Projeto Stargate, uma iniciativa de bilhões de dólares em parceria com a OpenAI, Oracle e o investidor MGX. O projeto tem como objetivo desenvolver uma infraestrutura de computação em larga escala para apoiar o avanço da IA, incluindo a construção de cinco novos centros de computação em estados como Texas, Novo México e Ohio, com uma capacidade de energia combinada de sete gigawatts.