No domingo (19), a SpaceX lançou duas missões dedicadas à megaconstelação Starlink, atingindo o impressionante marco de 10 mil satélites em órbita. O feito foi divulgado com entusiasmo no perfil oficial do serviço de internet banda larga no X.

SpaceX has now launched more than 10,000 Starlink satellites to date, enabling reliable high-speed internet for millions of people all around the world 🛰️🌎❤️ https://t.co/RDBIjiGcrK

— Starlink (@Starlink) October 19, 2025

Às 14h39 (horário de Brasília), o foguete Falcon 9 colocou 28 satélites Starlink em órbita baixa da Terra a partir da Base da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O primeiro estágio do foguete, modelo B1067, estabeleceu um recorde de reutilização de foguetes da empresa, ao completar seu 31º voo. Após a separação, ele pousou na balsa-drone A Shortfall of Gravitas, no Oceano Atlântico.

Mais tarde, às 16h24, outro Falcon 9 lançou mais 28 satélites Starlink da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Foi o 11º voo do booster B1088, um primeiro estágio que já havia participado de outras missões Starlink. O propulsor pousou com sucesso na balsa-drone Of Course I Still Love You, no Oceano Pacífico.

Megaconstelação Starlink começou em 2020

Com esses dois lançamentos, a SpaceX completou 132 voos do Falcon 9 em 2025, igualando a marca de 2024, mesmo com mais de dois meses restantes para o fim do ano.

A Starlink começou a orbitar a Terra em fevereiro de 2018, quando a SpaceX lançou os protótipos Tintin A e B. Quinze meses depois, a empresa iniciou a construção da megaconstelação e, em outubro de 2020, ofereceu o serviço beta público. O lançamento comercial começou no ano seguinte.

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Hoje em dia, a Starlink atende milhões de clientes em mais de 100 países no mundo. O ritmo de lançamentos aumentou: em 2024, a SpaceX lançou 89 missões dedicadas, com 2025 já superando esse número. A empresa tem permissão para 12 mil satélites e solicitou aprovação para outros 30 mil, totalizando 42 mil.

Atualmente, 8.608 satélites Starlink estão operacionais, cada um com uma vida útil estimada em cinco anos. Os demais foram retirados de órbita, guiados para serem destruídos na atmosfera. 

Na última quarta-feira (15), a China realizou o 600º lançamento da série de foguetes Long March. A missão teve como objetivo expandir a megaconstelação de satélites de internet banda larga Guowang, reforçando a presença do país no espaço e a competição com a rede Starlink, da SpaceX.

Os satélites foram desenvolvidos pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), ligada à Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC). Lançamentos anteriores do mesmo projeto transportaram nove unidades por voo, indicando que este provavelmente seguiu o mesmo padrão. Se for isso mesmo, existem agora 95 satélites Guowang operacionais em órbita da Terra, além de alguns equipamentos de teste. O objetivo é criar uma rede de quase 13 mil espaçonaves. Saiba mais aqui.