


Após aposentadoria, brasileiro Nicholas Santos segue batendo recordes e atua na área da saúde
Após encerrar a carreira como atleta profissional, Nicholas Santos, de 45 anos, tem explorado novos caminhos fora das piscinas olímpicas, mas sem abandonar o esporte. Em entrevista exclusiva ao portal LeoDias, o nadador mais longevo da história dos Mundiais contou como tem conciliado a transição de carreira com a paixão pela natação.
“Me aposentei em 2022, logo após conquistar meu quarto título como campeão mundial. Achei importante manter qualidade de vida, buscar longevidade, algo que sempre prezei”, afirmou Nicholas Santos.
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Currículo
Com 16 títulos mundiais, Nicholas disputou dois Jogos Olímpicos e participou de 18 campeonatos mundiais. Ele é o único brasileiro tetracampeão mundial na mesma prova, os 50m borboleta, feito que o levou ao Guinness Book como o nadador mais velho a conquistar um ouro em Mundial.
“Quando completei minha quarta medalha, entrei para o Guinness. Foi um grande objetivo da minha carreira”, declarou.
Outro marco foi em 2018, aos 38 anos, quando bateu o recorde mundial dos 50m borboleta (21s75).“Mais do que a medalha, lembro da sensação de tocar na parede e ver aquele tempo no placar. Era um recorde que ninguém batia há mais de 10 anos”, falou.
Incentivo no esporte amador
Mesmo após deixar a seleção, Nicholas manteve a rotina de treinos, no entanto, com menor intensidade. “Treino três vezes por semana na água e três dias faço preparação física. No ano passado e neste ano, bati o recorde mundial da minha categoria. Isso me motiva”, contou.
Ele passou a competir em torneios masters, voltados para nadadores veteranos, além disso, bateu o recorde mundial da categoria (45 anos) nos 50m borboleta.
Longevidade
Durante essa transição, Nicholas conheceu o executivo Guilherme e passou a atuar na Soul8, empresa referência em saúde, alta performance e envelhecimento saudável. “Tudo que aprendi na natação de alto rendimento hoje aplico para quem busca qualidade de vida. A longevidade virou meu foco”, explicou.
Com monitoramento de dados como sono, composição corporal e desempenho, Nicholas acredita estar ainda mais preparado.“Tenho mais métricas hoje do que na época de atleta profissional. Estou animado para competir no segundo semestre e buscar mais um recorde mundial”, completou.
Em meio a resultados e conquistas históricas, Nicholas deixou uma mensagem para quem pensa em desistir cedo. Estendi minha carreira até os 42 anos com um objetivo claro. Ser tetracampeão mundial. Busquei o que havia de melhor em ciência, tecnologia e treinamento.
“Se você leva um ‘não’, entenda como um ‘ainda não’. Com foco e propósito, dá tempo de conquistar o que você sonha”, finalizou.
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