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Trend de imagens no estilo Studio Ghibli viraliza, mas é suspensa pela OpenAI

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Entenda o motivo por trás da restrição da OpenAI para gerar imagens inspiradas no Studio Ghibli

Nos últimos dias, uma tendência tomou conta das redes sociais: a criação de imagens no estilo das animações do Studio Ghibli utilizando inteligência artificial (IA). Com traços delicados e nostálgicos, essas imagens rapidamente se espalharam, gerando engajamento massivo. No entanto, a OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT e seu gerador de imagens, anunciou a suspensão da criação dessas ilustrações, pegando muitos usuários de surpresa.

Como surgiu a trend do Studio Ghibli com IA?

A tendência ganhou força após a OpenAI lançar, em março de 2025, uma atualização do seu modelo de geração de imagens, o DALL·E integrado ao ChatGPT-4o. A nova versão permitia criar imagens altamente detalhadas e precisas, conseguindo imitar com fidelidade estilos artísticos específicos, incluindo o icônico traço do Studio Ghibli.

Usuários começaram a testar a ferramenta com prompts como “desenhe uma cidade brasileira no estilo do Studio Ghibli” ou “transforme minha foto em um personagem de um filme do Studio Ghibli”. O resultado chamou atenção e rapidamente se tornou viral, especialmente no TikTok, Instagram e Twitter.

Políticos, influenciadores e até empresas aderiram à trend, compartilhando versões estilizadas de si mesmos. No Brasil, nomes como João Campos (prefeito do Recife) e Eduardo Paes (prefeito do Rio de Janeiro) postaram suas imagens, ajudando a impulsionar ainda mais o fenômeno.

Por que a OpenAI suspendeu a geração de imagens no estilo Studio Ghibli?

Apesar do sucesso, a OpenAI precisou interromper a geração dessas imagens por dois principais motivos:

1. Demanda excessiva e sobrecarga dos servidores

A popularidade da trend fez com que milhares de usuários gerassem imagens simultaneamente, causando instabilidades nos sistemas da OpenAI. A empresa relatou um aumento significativo nas solicitações, o que impactou o funcionamento da ferramenta para outras tarefas.

2. Questões de direitos autorais e ética

O Studio Ghibli é conhecido por proteger sua identidade visual e se posicionar contra o uso de inteligência artificial na arte. O próprio Hayao Miyazaki, cofundador do estúdio, já criticou publicamente a IA, chamando-a de um “insulto à vida”. O crescimento da trend reacendeu debates sobre o uso de IA para replicar estilos artísticos, levando a OpenAI a adotar uma postura mais restritiva.

Diante dessas questões, a empresa passou a bloquear prompts que solicitam imagens no estilo Ghibli, impedindo que usuários gerassem novas ilustrações dessa maneira.

O que a OpenAI disse sobre o caso?

Em um comunicado oficial, a OpenAI explicou que está revisando sua política sobre geração de imagens baseadas em estilos artísticos específicos, especialmente quando há preocupações com direitos autorais. A decisão visa equilibrar o uso da IA para criação de arte sem desrespeitar artistas e estúdios estabelecidos.

Alternativas para quem gostou da trend

Apesar da suspensão, ainda existem maneiras de obter imagens no estilo Studio Ghibli sem depender da IA da OpenAI:

• Utilizar ferramentas de edição e filtros: Alguns aplicativos permitem transformar fotos em desenhos animados com efeitos semelhantes ao Ghibli.

• Apostar em artistas independentes: Muitos ilustradores já adotam esse estilo e podem ser contratados para criar artes personalizadas.

• Explorar outras ferramentas de IA: Algumas plataformas continuam permitindo estilos artísticos variados, mas podem enfrentar restrições semelhantes no futuro.

Conclusão

A trend do Studio Ghibli mostrou o potencial da inteligência artificial na arte, mas também levantou discussões importantes sobre ética, direitos autorais e limites da tecnologia. A decisão da OpenAI de suspender essa funcionalidade reflete o desafio de equilibrar inovação e respeito à propriedade intelectual.

Embora a geração automática tenha sido interrompida, a popularidade da tendência indica que a fusão entre IA e arte continuará sendo um tema relevante e controverso nos próximos anos.

DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO


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