O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que gostaria que seu assessor, o bilionário Elon Musk, fosse “mais agressivo” na implementação de sua agenda de reformas para cortar os gastos do governo federal.
“Elon está fazendo um ótimo trabalho, mas eu gostaria de vê-lo mais agressivo”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. “Lembrem-se, temos um país para salvar”, acrescentou.
Trump colocou o empresário tecnológico no comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), com a tarefa de reduzir os gastos públicos e combater o desperdício e a suposta corrupção.
Musk, a pessoa mais rica do mundo e o maior doador de Trump, demitiu milhares de funcionários do governo federal.
Nos últimos cortes, anunciados na sexta-feira, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos reduzirá sua força de trabalho civil em pelo menos 5% a partir da próxima semana.
Um juiz rejeitou na quinta-feira uma proposta sindical para interromper temporariamente a demissão de milhares de pessoas.
A onda de cortes de custos gerou resistência em diversos setores e uma série de decisões judiciais contraditórias.
EUA restringirá acesso à sua tecnologia para regimes de Cuba, Venezuela, Irã, Rússia e China
Em outro assunto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite de sexta-feira uma ordem executiva para restringir o acesso à tecnologia americana, especialmente no campo da inteligência artificial, para o que ele chama de “adversários estrangeiros”, incluindo Cuba, Venezuela, Irã, Rússia e China.
A ordem executiva não especifica detalhadamente quais medidas serão tomadas para restringir o acesso desses “adversários estrangeiros” à tecnologia dos Estados Unidos.
Sob a etiqueta de “adversários estrangeiros”, a ordem identifica China, Hong Kong, Macau, Cuba, Irã, Coreia do Norte, Rússia e o “regime do político venezuelano Nicolás Maduro”, conforme consta no texto.
Trump justifica sua decisão com o argumento de que “segurança econômica é segurança nacional” e afirma que o país deve proteger suas infraestruturas e tecnologias sensíveis, desde inteligência artificial até semicondutores e avanços em biotecnologia.
A ordem executiva foca especialmente na China, apontando que empresas vinculadas a Pequim usaram investimentos nos Estados Unidos para acessar tecnologias chave e que o regime chinês está aproveitando a tecnologia americana para modernizar seu aparato militar.
Desde seu retorno à Casa Branca em 20 de janeiro, Trump anunciou várias restrições ao comércio com o objetivo de equilibrar a balança comercial e pressionar países como México e Canadá a fazerem concessões em questões migratórias e no combate ao narcotráfico.
Ele impôs à China uma tarifa de 10%, que se soma às taxas já aplicadas durante seu primeiro mandato (2017-2021).
As novas restrições de Trump ocorrem após o governo de seu antecessor, Joe Biden, tomar medidas para limitar as exportações de semicondutores e tecnologia de inteligência artificial para a China, o que levou Pequim a responder com controles sobre a exportação de grafite, material chave para as baterias de veículos elétricos.
(Com informações da AFP e EFE)