Com a consciência limpa e a palavra firme, iniciamos mais uma reflexão. E neste último artigo do ano, vamos debater sobre se vale a pena ser corrupto. Esse é um questionamento que fica na minha cabeça e acredito que na de várias pessoas que acompanham os noticiários e investigações principalmente em nosso município. A resposta, infelizmente, parece ser, sim. A corrupção acontece, os escândalos estouram, as prisões ocorrem… e depois? Um chorinho de emoção no ombro de um secretário aqui, uma hostia recebida de joelhos ali, construção de uma mansão acolá e a vida segue como se nada tivesse acontecido.
Mas não dá para jogar toda a culpa apenas nos mãos sujas. E quem os elegeu ou quem fechou os olhos para os escândalos em troca de favores ou promessas? A população conivente, que se acostumou a aceitar o rouba, mas faz, é parte do problema. O silêncio, a omissão e a escolha de acreditar em discursos vazios perpetuam esse ciclo de impunidade.
Enquanto isso, o preço da corrupção é pago pelos mesmos de sempre, que é a população em geral. É a educação com resultados pífios, estradas esburacadas, postos de saúde faltando insumos básicos, hospital sem medicamentos. O dinheiro que poderia transformar o município vai parar no bolso de quem usa o poder público para benefício próprio.
E quando nada acontece com os responsáveis, a mensagem fica clara. Que vale a pena sim, ser corrupto. A justiça parece cega, surda e muda, e a falta de consequências encoraja mais pessoas a seguir pelo mesmo caminho. O resultado é um sistema falido, onde a honestidade vira exceção e a indignação se dissolve no conformismo.
Está na hora de acordarmos como sociedade. Não adianta criticar a corrupção de longe e depois votar em quem já demonstrou que não merece confiança. Precisamos quebrar esse ciclo, exigir justiça e cobrar ética, começando por nós mesmos. Por este ano ficamos por aqui. Mas quero saber sua opinião sobre este assunto. Concorda? Discorda? Tem algo a acrescentar? Vamos continuar esta conversa no meu Instagram @rubenilson_campos_
Colunista Rubenilson Campos