A cantora Jessie J, de 37 anos, publicou em seu Instagram, um vídeo sensível no qual revelou sua condição com o câncer de mama e o desafio de vir a público e processar o diagnóstico em sua vida. A estrela de “Tag Price”, “Domino” e “Who You Are” expressou a sua preocupação, mas assegura manter uma atitude positiva, reforçando que a doença foi detectada numa fase inicial.
“O câncer é uma droga em qualquer forma, mas estou me apegando à palavra precoce”, destacou Jessie J durante o vídeo.
Ela também informou que irá se afastar dos palcos por um período para realizar sua cirurgia após o festival “Summertime Ball”, que acontece em Londres dia 15 de junho.
O que é e como se desenvolve o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células anormais na mama, resultando na formação de um tumor com potencial de invadir outros tecidos e órgãos.
Segundo o Manual de referência em Medicina, Merck Sharp & Dohme (MSD), ele se desenvolve nos ductos (canais que transportam o leite) ou nos lóbulos (glândulas produtoras de leite) da mama.
Diagnóstico
É importante que a mulher faça o autoexame para entender a saúde da sua mama, a qualquer sinal de nódulo (caroço) na mama, pescoço ou axila, pele da mama avermelhada ou retraída, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos, procure um mastologista ou um oncologista para realização de exames apropriados.
Tipos de câncer de mama
Carcinoma Ductal In Situ (CDIS)
Tipo não invasivo que se origina nos ductos mamários, não atinge outros tecidos. Representa cerca de 20% dos casos e, quando tratado precocemente, possui altas taxas de cura.
Carcinoma Lobular In Situ (CLIS)
É originário nos lóbulos da mama (glândulas produtoras de leite) e não atinge outros tecidos adjacentes, não rompendo suas paredes. Pode ser multifocal, quando há outros focos dentro da mesma mama. Representa apenas de 2 a 6% dos casos. A maioria dos casos de CLIS é curável, especialmente se tratada antes que a doença evolua para a fase invasiva.
Carcinoma Ductal Invasivo (CDI)
O tipo mais comum, correspondendo de 70% a 80% dos cânceres invasivos. Inicia-se nos ductos e pode se espalhar para outros tecidos e órgãos. Esse câncer pode crescer localmente ou atingir outros órgãos do corpo, sendo conduzido por meio de veias e/ou vasos linfáticos.
A taxa de sobrevivência em cinco anos varia conforme o estágio do câncer, sendo aproximadamente 99% para casos localizados, 86% para regionais e 31% para metastáticos.
Carcinoma Lobular Invasivo (CLI)
Origina-se nos lóbulos (glândulas produtoras de leite) e representa cerca de 10% dos casos. É mais difícil de detectar em exames de imagem. Nesse caso, o tumor também pode se desenvolver localmente ou atingir outros órgãos. É o segundo tipo de câncer de mama mais incidente. Tem uma taxa de sobrevivência em cinco anos de aproximadamente 85%.
Conforme o Instituto Vencer o Câncer, quando as células malignas ficam restritas ao local em que nasceram, os tumores são considerados “in situ”, mas se já invadiram uma camada do tecido denominada membrana basal, migrando para tecidos adjacentes, são chamados de “invasivos”.
Leia mais:
Existem tipos raros de câncer de mama, como o carcinoma inflamatório, agressivo e causador de vermelhidão e inchaço. A doença de Paget afeta o mamilo e pode apresentar crostas ou inflamação. O tumor filoide surge no tecido conjuntivo e pode ser benigno ou maligno. Já o angiossarcoma origina-se nos vasos sanguíneos ou linfáticos da mama.
Homens podem ter câncer de mama?
Como afirma o Ministério da Saúde, embora os homens não tenham mamas desenvolvidas, possuem tecido mamário e podem desenvolver câncer de mama, principalmente o carcinoma ductal invasivo, que representa 80% dos casos.
Outros tipos, como o ductal in situ, lobular invasivo, doença de Paget e câncer inflamatório, são mais raros. Fatores de risco incluem mutações genéticas (BRCA2), histórico familiar, obesidade, alcoolismo, síndrome de Klinefelter, doenças hepáticas e exposição prévia à radioterapia torácica.

Quem está mais suscetível a ter câncer de mama?
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama pode ser influenciado por fatores ambientais, hormonais e genéticos. Maus hábitos como obesidade, sedentarismo, consumo de álcool e exposição a radiações ionizantes aumentam o risco. Aspectos reprodutivos como menstruação precoce (antes dos 12 anos), gravidez tardia (após 30 anos), menopausa após os 55 anos e uso de contraceptivos hormonais também são relevantes.
Além disso, histórico familiar de câncer de ovário e mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 elevam significativamente as chances de desenvolver a doença.
Formas de tratamento
O câncer de mama apresenta diferentes subtipos, exigindo tratamentos específicos conforme o estágio da doença e o perfil da paciente.
As abordagens podem ser locais (cirurgia e radioterapia) ou sistêmicas (quimioterapia, hormonioterapia e terapia alvo). Quando diagnosticado precocemente, há maior potencial de cura. Já nos casos de metástase (tumor localizado em outras partes do corpo), o objetivo é controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.
Prevenção
A prevenção do câncer de mama passa por hábitos saudáveis, como manter o peso adequado, praticar exercício físico, comer alimentos saudáveis, evitar álcool e não fumar. Amamentar, fazer exames regulares como a mamografia e estar atenta a alteração nas mamas também são medidas importantes.
Mulheres com histórico familiar devem considerar avaliação genética. A detecção precoce é essencial para aumentar as chances de cura.
Sim, pois possuem tecido mamário e podem desenvolver câncer de mama, principalmente o carcinoma ductal invasivo.
Sim, o câncer de mama pode ser curável, o diagnóstico em estágios iniciais aumenta significativamente as chances de cura.
Sim, o câncer de mama pode ser fatal, especialmente quando diagnosticado em estágios avançados.
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