Uma recomendação inusitada provocou o afastamento de um médico no município de Cambé, no norte do Paraná. O profissional sugeriu que a mãe deixasse o seu filho de apenas 5 anos, sozinho em casa, por 12 horas, após ela pedir um atestado para cuidar da criança, que apresentava febre e sintomas gripais.
O caso aconteceu durante o plantão do médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Segundo a mãe da criança, Luciana Gonçalves, o profissional de saúde ainda afirmou que não haveria problema do menino ficar sozinho em casa para que ela fosse trabalhar.
Luciana gravou toda a conversa com o médico, que não foi identificado. Rapidamente o vídeo viralizou e além de chamar a atenção da população para o descaso, também comoveu o prefeito da cidade, Conrado Scheller, que confirmou o afastamento do profissional da UPA e instalou uma sindicância para tratar o caso.
Ainda de acordo com informações, logo após o caso ganhar repercussão, investigações foram iniciadas para apurar a conduta do médico. O prefeito de Cambé afirmou durante entrevista coletiva que o profissional não é concursado, e que atuava na unidade por meio de um contrato que o município tem com o Consórcio Municipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar).
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que também abriu um procedimento para investigar a conduta do médico.
A mãe da criança precisou voltar à UPA por mais duas vezes, já que a febre do filho não diminuía. Foi então que ela finalmente conseguiu realizar exames adequados para diagnosticar a situação do menino.
Fonte: Bahia notícias