O escândalo em Cansanção não dá trégua. A prefeita Vilma Rosa já foi condenada por abuso de poder político — embargos rejeitados — e agora aguarda a decisão do TRE – BA, marcada para o próximo dia 27/08. Essa é a hora em que a Justiça pode mostrar se ainda consegue atuar acima dos interesses políticos.
Se a sentença for mantida, Vilma perde o cargo imediatamente e fica inelegível, abrindo caminho para novas eleições no município. É o desfecho que refletiria o que a Justiça Eleitoral já apontou: o uso da máquina pública para desequilibrar a disputa.
Paralelamente, o Ministério Público Federal mantém um Procedimento de Investigação (nº 1.14.004.000656/2024-27) que apura fraudes em matrículas do EJA, inflacionamento de turmas e contratações irregulares. O problema: o processo está paralisado aguardando retorno do INEP, Ministério da Educação e CGU. Documentos e provas estão no gabinete do Procurador Federal em Feira de Santana, mas sem movimentação concreta, deixando no ar uma sensação de impunidade.
O cruzamento das duas frentes — Justiça Eleitoral e MPF — revela o mesmo padrão: uma gestão que tratou o município como curral eleitoral e a educação como moeda de troca. A cidade observa, desconfiada, e espera que a lei finalmente fale mais alto que os conchavos.
DA REDAÇÃO DO EUCLIDES DIÁRIO
*Com informações de Erica Anjos
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