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Você comeria? Bolo mais antigo do mundo tem 4.200 anos e está ‘conservado’

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O exemplar mais velho do alimento data da antiguidade, mais especificamente do período do Antigo Egito, há cerca de 1.500 a.C.

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Imagem: reprodução/Alimentarium

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Há até quem não coma, mas é impossível imaginar um mundo sem bolos. Mas você sabe quando este alimento foi criado? A invenção data da antiguidade, mais especificamente do período do Antigo Egito, há cerca de 1.500 a.C.

Com o passar do tempo, eles se tornaram mais semelhantes aos que conhecemos hoje, com o aperfeiçoamento da fermentação pelos romanos e a introdução de ingredientes mais sofisticados. Mas uma coisa é certa: ninguém sabia conservar um bolo como os egípcios.

Bolo aparece no livro dos recordes (Imagem: 360b/Shutterstock)

Modo de preparo ajudou na conservação

O bolo mais antigo do mundo que se tem notícia foi feito há cerca de 4.200 anos. De acordo com o Guinness World Records, ele consiste em dois pães achatados de trigo de 10 centímetros de largura muito provavelmente recheados com leite, mel e gergelim.

O mais impressionante é que o bolo ainda existe e está bem conservado. Isso se deve em grande parte à maneira como foi cozido. Antes de assar, os egípcios colocavam a massa entre dois moldes de cobre projetados para se encaixarem, permitindo que o conteúdo interno fosse aquecido, mas também mantendo-os bem fechados depois que o bolo estivesse cozido.

Bolo foi criado pelos egípcios (Imagem: AlexAnton/Shutterstock)

Segundo o Alimentarium, museu suíço de comida em que o bolo está exposto, os moldes foram pré-aquecidos no fogo e colocados sobre a massa úmida, o que levou à formação de bolhas de ar no interior. À medida que o bolo esfriava, essas bolhas de ar escapavam, criando um vácuo no molde que garantiu a preservação dele até hoje.

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Aperfeiçoamento da fermentação e a introdução de ingredientes mais “modernos” aconteceu a partir da época dos romanos (Imagem: Adilson Sochodolak/Shutterstock)

Bolos tinham importância na vida após a morte

  • O bolo em questão foi descoberto na necrópole de Meir, dentro da tumba de Pepyankh, o Médio.
  • Ele era um vizir, posição mais alta que uma pessoa poderia alcançar em uma antiga corte real egípcia, que serviu durante o reinado de Pepi II, um dos faraós mais longevos da história.
  • Segundo os pesquisadores, os bolos e pães acompanhavam antigos egípcios na vida após a morte, servindo como um símbolo de vida renovada.
  • Também servia como alimentação nesta importante e longa jornada.
Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.


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