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Operação Overclean: Conheça empresas envolvidas em esquema de desvios do DNOCS alvos da PF

Além de 17 mandados de prisão preventiva, a Operação Overclean da Polícia Federal que apura desvios de emendas parlamentares no DNOCS cumpriu medidas nas sedes de empresas investigadas no esquema criminoso por fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos ainda nesta terça-feira (10), 43 mandados de busca e apreensão.

Entre os alvos da operação estão empresários, servidores e ex-dirigentes de órgãos públicos. As empresas são controladas pelos líderes da organização criminosa ou utilizadas como “fachada” para ocultar a origem ilícita dos recursos desviados dos cofres públicos.

Com base na decisão da Justiça Federal obtida pela reportagem, o Bahia Notícias listou as pessoas jurídicas citadas no documento. Confira abaixo:

  • Empresas de propriedade dos líderes da organização
    • Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda:
    • Empresa central no esquema, com contratos milionários com o DNOCS e outras prefeituras. A investigação aponta para superfaturamento de contratos, serviços não executados ou mal realizados e pagamentos de propinas a agentes públicos para garantir a aprovação de contratos e liberação de pagamentos. A empresa foi alvo de diversas comunicações de operações suspeitas pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), incluindo movimentações financeiras incompatíveis com seu porte e transferências para empresas do mesmo grupo.
    • Larclean Saúde Ambiental Ltda: Empresa do ramo de limpeza e higienização com contratos com diversas prefeituras. A investigação aponta para fraudes em licitações, direcionamento de contratos, pagamento de propinas e superfaturamento de serviços. A empresa também foi utilizada para simular serviços fictícios e ocultar a origem ilícita dos recursos.
    • Qualymulti Serviços Ltda: Empresa de coleta de resíduos com contratos com prefeituras e o DNOCS. A investigação aponta para fraudes em licitações, direcionamento de contratos, pagamento de propinas e superfaturamento de serviços. A empresa também foi utilizada para simular serviços fictícios.
    • Rezende Serviços Administrativos Ltda (posteriormente A & F Participações S/A): Empresa criada pelos irmãos Alex e Fábio Rezende Parente. A investigação aponta para a utilização da empresa para ocultar bens e praticar evasão fiscal.
  • Empresas utilizadas como “fachada”:
    • FAP Participações Ltda: Empresa controlada pelos irmãos Alex e Fábio Rezende Parente. A investigação aponta para a utilização da empresa para movimentar recursos ilícitos, pagar propinas e ocultar a origem dos recursos. A empresa foi alvo de diversas comunicações de operações suspeitas pelo COAF.
    • Bra Teles Ltda: Empresa utilizada para dissimular pagamentos ilícitos. A investigação aponta para a utilização da empresa para movimentar recursos e ocultar a origem criminosa dos valores.
    • Viletech Saúde Ambiental Ltda: Empresa utilizada para ocultar recursos desviados, atuando como intermediária em transações financeiras suspeitas.
    • MM Limpeza Urbana Ltda: Empresa utilizada para ocultar recursos desviados e ligada a José Marcos de Moura (Marcos Moura), conhecido como “Rei do Lixo”
    • Salvador Alimentos Eireli.
  • Outras empresas mencionadas:
    • PAP Saúde Ambiental Eireli: Empresa administrada por Alex Parente e contratada pela Prefeitura de Lauro de Freitas.
    • OTAVIO NASCIMENTO BORGES ME:
    • FAP Larclean Participações Ltda:
    • Patrimonial Moura Ltda

Segundo decisão da Justiça Federal, obtida pelo Bahia Notícias, a organização criminosa atuava fraudando e direcionando procedimentos licitatórios em favor das empresas controladas por seus líderes, alvos da ação da PF, utilizando empresas fantasmas, superfaturamento de contratos e pagamento de propinas a servidores públicos.

A investigação também indicou a existência de elementos que apontam o envolvimento de Lucas Lobão, ex-coordenador Estadual do DNOCS na Bahia no esquema. Nesse sentido, destaca-se a relação de proximidade existente entre ele e Alex Rezende Parente – também alvo da operação – e sua participação ativa nos Pregões Eletrônicos n. 9/2020 e 3/2021, que culminaram na contratação da Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda.

Fonte: Bahia Notícias

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